São Paulo responde por metade da produção de caqui no Brasil e lidera as exportações da fruta. Em 2024, o Estado colheu mais de 71,5 mil toneladas, segundo dados do Instituto de Economia Agrícola (IEA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento.
A receita com exportações cresceu 31,3% em comparação a 2023, um salto de US$ 613 mil para US$ 805 mil. Somente no primeiro trimestre deste ano, o faturamento já soma cerca de US$ 196 mil. Um dos fatores que explicam esse avanço é a valorização do dólar. Em dezembro de 2023, a moeda norte-americana atingiu R$ 6,30, com alta anual de 27,3%.
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“O produtor rural que exporta a fruta acaba se beneficiando, porque o dólar é utilizado como câmbio na comercialização”, afirmou a pesquisadora Marli Mascarenhas, do IEA. “A variação da moeda, no período, foi positiva em 27,3% no ano, o que favoreceu a receita das exportações de caqui, uma vez que os aumentos foram, além dos valores, também de 24,6% nas quantidades embarcadas da fruta.”
Mercado internacional amplia demanda pelo caqui paulista
Os principais destinos do caqui de São Paulo em 2024 foram Canadá (68,7 toneladas), Países Baixos/Holanda (64,4 t) e Estados Unidos (40,4 t).
Mogi das Cruzes, no Alto Tietê, é conhecida como a “Terra do Caqui”, com uma área de quase 1,5 mil hectares dedicados ao cultivo da fruta. No município, 468 propriedades produzem as variedades Fuyu, Giombo e Rama Forte, com uma produção estimada em 50 mil toneladas. Pilar do Sul, na região de Sorocaba, também se destaca na exportação.
“Graças ao Porto de Roterdã, porta de entrada estratégica do agro brasileiro na Europa, os Países Baixos formam um dos principais destinos para as frutas produzidas no Brasil”, disse Ramon Gerrits, assessor do Departamento Agrícola da Embaixada dos Países Baixos no Brasil. “Ficamos contentes em saber que o caqui está tendo uma aceitação cada vez maior na Europa, uma vez que não se trata de uma fruta tradicionalmente importada.”
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A Cooperativa Agroindustrial APPC, fundada em 2014, exporta caqui Fuyu e Rama Forte para países como Canadá, Suíça, Espanha, Inglaterra, Portugal, Países Baixos e nações do Oriente Médio. “Com foco na qualidade, exportamos para diversos mercados internacionais”, disse Felipe Reis, diretor-geral de comunicação da cooperativa.
