A Justiça de São Paulo iniciou na tarde desta quinta-feira, 10, o júri popular de Paulo Cupertino Matias. Conforme acusação, o empresário matou o ator Rafael Henrique Miguel e os pais dele em 9 de junho de 2019, na Zona Sul de São Paulo. Matias disparou 13 tiros
Na época do crime, Rafael Miguel tinha 22 anos. O pai dele, João Alcisio Miguel, 52, e a mãe, Miriam Selma Miguel, 50. Conforme investigação, Cupertino matou as vítimas por rejeitar o namoro da filha Isabela Tibcherani com o artista da novela Chiquititas, do SBT.
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Na ocasião da tragédia, Isabela tinha 18 anos. Ela e a mãe presenciaram o crime, mas não foram alvo do assassino e nem atingidas pelos disparos de arma de fogo.
O Ministério Público acusa Cupertino por triplo homicídio duplamente qualificado, por motivo fútil e recurso que impossibilitou a defesa das vítimas.
Cupertino escondeu-se por 3 anos
Depois do crime, o empresário fugiu. A Polícia Civil o encontrou no dia 16 de maio de 2022, na capital paulista. Nos quase 3 anos em que se escondeu das autoridades, Cupertino viajou para outros Estados e países.
Dois amigos dele, que supostamente o ajudaram na fuga e no período de desaparecimento, respondem ao processo em liberdade. Um dos amigos é Eduardo José Machado, o “Eduardo da Pizzaria”, de 45 anos, e dono de uma pizzaria na Zona Sul de São Paulo.
O outro é Wanderley Antunes Ribeiro Senhora, de 59 anos, que morava em Sorocaba, no interior paulista, e também participou na operação que permitiu a Cupertino escapar da prisão em flagrante e da captura ainda nos dias subsequentes ao crime.
O julgamento dos três réus foi marcado para o Fórum Criminal da Barra Funda, Zona Oeste da capital. O processo deve durar até sexta-feira, 11, quando o juiz Ricardo Augusto Ramos, da 1ª Vara, pretende anunciar a sentença.
Sete jurados (seis mulheres e um homem) votarão pela culpa ou inocência. A Justiça convocou para participar do júri mais de 20 testemunhas, entre acusação e defesa. Entre elas estão Isabela e sua mãe, Vanessa Camargo.
Ator é inocentado depois de duas décadas preso injustamente 
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