Um diamante bruto de 647 quilates foi encontrado na última semana no município de Coromandel, em Minas Gerais. Trata-se do segundo maior já registrado no Brasil. A cidade também foi palco da descoberta do maior diamante do país, o “Getúlio Vargas”, de 726 quilates, extraído em 1938.
Segundo relato local, o terceiro maior diamante também foi encontrado na região. “Na última semana foi extraído no nosso município o segundo maior diamante do Brasil, que se tem conhecimento, de 647 quilates”, disse o prefeito do município, Fernando Breno (PRD). O valor estimado da pedra ultraa os R$ 16 milhões.
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O político destacou a relevância histórica da cidade na produção de diamantes e fez uma menção simbólica à população: “Grande Coromandel segue sendo a capital dos diamantes do Brasil (…) mas o maior diamante é o seu povo, que é honesto, solidário, trabalhador e muito inteligente.”
A descoberta reforça o papel de Coromandel na mineração de gemas de alto valor no Brasil. O município tem renda per capita de R$ 54,9 mil e ostenta a 78ª posição no ranking dos mais ricos, entre as 853 localidades de Minas Gerais, conforme o IBGE. A área territorial é de 3,3 mil quilômetros quadrados (km²).
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Maior diamante do Brasil também foi encontrado em Coromandel
O maior diamante já descoberto no Brasil foi encontrado em 1938, no leito do rio Santo Antônio, também em Coromandel. Com 726,6 quilates, a pedra foi localizada por dois garimpeiros, que a venderam por US$ 56 mil.
Pouco depois, o comprador reou o diamante por US$ 235 mil a um sindicato holandês representado pelo Dutch Union Bank. A gema foi batizada de “Presidente Vargas” em homenagem ao então presidente Getúlio Vargas.
O joalheiro Harry Winston adquiriu o diamante em Amsterdã depois de ser informado por seus representantes no Brasil. A pedra foi enviada para Nova York por correspondência registrada, com custo de apenas 70 centavos, apesar de segurada por US$ 750 mil.
Por causa de sua formação incomum, decidiu-se por sua clivagem. No total, 29 gemas foram lapidadas a partir do Presidente Vargas. O destino de todas elas não é conhecido, mas algumas reapareceram no mercado. Em 1989, o “Presidente Vargas IV”, de 28,03 quilates, foi leiloado por US$ 781 mil em Nova York.
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