Depois de ter sido encontrado desacordado em uma calçada da zona leste de São Paulo, o músico Edson Café, ex-integrante do Raça Negra, morreu em um hospital da cidade. O episódio ocorreu no domingo, 1º.
De acordo com o boletim de ocorrência, Café foi socorrido inicialmente na Unidade de Pronto Atendimento Carrão e, em seguida, transferido para o Hospital Municipal do Tatuapé, onde não resistiu. O corpo foi reconhecido por familiares no Instituto Médico-Legal Leste, na capital paulista.
Durante mais de dez anos, Café, que era dependente químico, viveu em situação de rua no Rio de Janeiro. Ele trabalhou como guardador de carros para se sustentar. Procurada pela imprensa, a assessoria do Raça Negra disse que o grupo não se pronunciará sobre a morte do ex-integrante.
Ex-músico do Raça Negra lutava contra dependência química

O início das dificuldades foi depois de um acidente vascular cerebral (AVC), em 2005, que o deixou sem os movimentos dos braços, obrigando-o a deixar a banda.
O músico alternou agens por clínicas de reabilitação e períodos nas ruas. Em determinado momento, foi morar com os filhos no Rio, mas conflitos familiares o levaram de volta ao vício e à condição de morador de rua.
Já em São Paulo, Café continuava vivendo nas ruas, mas tentava manter uma rotina de trabalho para evitar as drogas.
“Se eu ficar aqui, fico querendo escrever ou então me drogar”, disse, ainda em vida. “Vou ficar enfiado na cracolândia aí do lado. Eu prefiro sair, dar um rolezinho. E ganhar um dinheirinho. Tomo conta de carro na praça.”
Em determinado período na capital paulista, Café recebeu apoio de uma iradora, que buscava ajudá-lo a reconstruir a vida. Apesar dos esforços, ele permaneceu vulnerável até o momento de sua morte.
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