Duas alunas de medicina foram denunciadas depois de expor o caso da paciente Vitória Chaves da Silva, de 26 anos, nas redes sociais. Vitória ou por três transplantes de coração e um de rim. Ela morreu em 26 de fevereiro.
As estudantes postaram um vídeo no TikTok em que alegaram que um dos transplantes não foi bem-sucedido por falta de comprometimento de Vitória em tomar os medicamentos prescritos.
“Na segunda vez, ela não tomou os medicamentos corretamente, o corpo rejeitou o órgão e precisou transplantar de novo, erro dela”, disse uma das estudantes. “Agora, o novo transplante foi aceito, mas o rim não reagiu bem às medicações.”
Depois da declaração da colega, a outra estudante debocha da paciente: “Não sei, essa menina está achando que ela tem sete vidas”.
Estudantes de medicina zombaram de jovem que ou por quatro transplantes, nove dias antes de sua morte:
— poponze (@poponze) April 8, 2025
“Na segunda vez, ela não tomou os medicamentos corretamente, o corpo rejeitou o órgão e precisou transplantar de novo, erro dela. Agora, o novo transplante foi aceito, mas… pic.twitter.com/IPxaVs3dmB
A família da jovem, indignada com a exposição e a forma como o caso foi tratado, exigiu uma retratação pública.
A irmã de Vitória informou que o vídeo foi postado em 17 de fevereiro, nove dias antes de Vitória falecer, em decorrência de um choque séptico e insuficiência renal crônica.
Família contesta alegações de estudantes de medicina
A família tomou conhecimento do vídeo recentemente e contestou as alegações feitas pelas alunas. Segundo a irmã, a rejeição do segundo transplante ocorreu devido à doença do enxerto, uma complicação comum em transplantes, e não por falta de compromisso com a medicação.
“Um amigo dela [da Vitória] que mora na Holanda reconheceu a história e nos enviou”, disse. “Ficamos em choque quando descobrimos. As duas estudantes fizeram estágio de 30 dias na instituição [Incor]. Nem chegaram a conhecer a minha irmã. Nunca foram vê-la. Por conta dessa desinformação, as pessoas aram a criticar minha irmã.”
Os familiares decidiram registrar um boletim de ocorrência e também acionaram o Ministério Público. Além disso, notificaram o Instituto do Coração da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (Incor-FMUSP), local de trabalho das estudantes.
O Incor declarou não ter conhecimento prévio do vídeo e classificou a situação como incompatível com os princípios éticos da instituição. Já a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo esclareceu que as alunas não pertencem à universidade e estavam no hospital participando de um curso de extensão.
A FMUSP repudiou de forma veemente qualquer atitude desrespeitosa em relação aos pacientes e reiterou seu compromisso com a ética e a dignidade no atendimento.
História da paciente

Vitória nasceu em Luziânia (GO) e, ainda bebê, foi diagnosticada com uma grave cardiopatia congênita chamada anomalia de Ebstein — uma condição rara que compromete o funcionamento da válvula do coração. Na época, os médicos lhe deram apenas 15 dias de vida.
Depois de enfrentar várias cirurgias e complicações, aos 4 anos, Vitória foi transferida para São Paulo, onde sofreu uma parada cardíaca durante um cateterismo. Foi então que os médicos concluíram que ela precisaria de um transplante de coração. Depois de um ano e quatro meses na fila, ela recebeu o novo órgão em 2005, aos 5 anos de idade, no Incor.
Dez anos mais tarde, os problemas cardíacos voltaram e, com apenas 3% da função cardíaca, foi necessário um segundo transplante, realizado em 2016. Na época, sua história foi contada pelo programa Profissão Repórter, da TV Globo.
Em 2019, Vitória enfrentou uma rejeição aguda do novo coração e ficou internada em um hospital do Distrito Federal. Ainda assim, recebeu liberação médica e foi de ambulância realizar a prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Em entrevista ao portal g1, revelou que seu maior sonho era se tornar médica.
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Essas duas idiotas devem ser expulsas da faculdade e se não o forem vão falir porque vamos boicotar elas
Duas escrotas que merecem um processo nas costas, para nunca mais pensarem em desrespeitar alguém.
Não houve deboche. São apenas duas bobinhas que não ganharam maturidade dentro da profissão.
Eu achei engraçado os comentários das jovens estudantes de Medicina.
Cabe um processo por danos morais que poderia ser ajuizado pela família, tanto em relação a essas pseudoestudantes, quanto em relação à tal instituição em que estariam se “graduando”.
Indícios claros que se trata de “estudantes” de Medicina que (se concluírem o curso) certamente vão ser PREJUDICIAIS a quem com elas se envolver, pacientes ou não. Por outro lado, igualmente claro que se trata de SEMIANALFABETAS, como grande parte dos “graduandos” das faculdades que funcionam neste país.
Lamentável o comportamento dessas candidatas a serem médicas. Falta-lhes o mínimo para quem escolher cuidar de doentes. Empatia, profissionalismo e caridade. Deviam escolher outra profissão. Totalmente inadequadas e irresponsável. Deus nos livre de um profissional com esse tipo de comportamento. A vida vai ensina-las…