Jogadores brasileiros que atuam em clubes de futebol da Ucrânia pedem o apoio do governo Bolsonaro para deixar o país.
O grupo, que está em um hotel de Kiev, gravou um vídeo na madrugada desta quinta-feira, 24, e afirmou que não consegue deixar a Ucrânia depois do início da invasão russa.
“Devido à falta de combustível, fronteira fechada, espaço aéreo fechado, a gente não pode sair. A gente pede muito apoio ao governo do Brasil, que possa nos ajudar”, afirmou o zagueiro Marlon, do Shakhtar Donetsk, equipe que tem 12 atletas brasileiros.
Jogadores brasileiros do Shakhtar e do Dínamo estão reunidos com as famílias em um hotel de Kiev. Acabaram de gravar esse vídeo pedindo ajuda das autoridades brasileiras para deixar o país. pic.twitter.com/7ah1RuKGo2
— Arthur Quezada (@ArthurQuezada) February 24, 2022
O atacante Junior Moraes, da mesma equipe, naturalizado ucraniano e que atua pela seleção local, descreveu a situação como grave e que os atletas esperam uma solução para sair.
Até quarta-feira 23, a orientação dada pelos clubes era para os estrangeiros evitarem se manifestar sobre a tensão com a Rússia. Os dirigentes afirmavam que a situação estava controlada e teria solução pacífica.
O Shakhtar se transferiu para Kiev em 2014, quando houve intervenção militar russa na região ucraniana da Crimeia.
São 31 brasileiros contratados por times da primeira divisão da Ucrânia. Até a semana ada, a maioria deles estava na Turquia, em pré-temporada antes do reinício do campeonato, que aconteceria na próxima sexta-feira 25. Após a invasão, o torneio foi suspenso.
Os jogadores que estão no Zorya Luhansk também pediram ajuda do governo e da embaixada brasileira na Ucrânia. Eles afirmaram que não sabem o que fazer.
Em vídeo, Guilherme Smith, Cristian e Juninho dizem ar situação difícil e que não recebem qualquer notícia. O clube teria pedido a eles para ficarem tranquilos.
“Há uma apreensão pela guerra e de que maneira vai afetar a população. Estou aguardando orientações, estou em contato direto com meus representantes e familiares”, disse Edson, volante do Rukh Lviv.
Esperaram demais pra sair pagando.