Um vídeo gravado na tarde desta quarta-feira, 21, dentro do Restaurante Universitário da PUC-SP, expôs o momento em que um rato anda sobre uma mesa do “bandejão”, próximo a es de guardanapos.
A cena provocou reação imediata da comunidade acadêmica, especialmente dos alunos já mobilizados em manifestações por melhorias estruturais e institucionais na universidade.
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Pouco depois de o registro viralizar entre os estudantes, a reitoria interditou o espaço e transferiu temporariamente a distribuição de refeições para o formato de marmitas. Ainda no mesmo dia, porém, autorizou a reabertura do restaurante.
Como resultado, a reitoria confirmou a presença do roedor e declarou que a empresa terceirizada responsável pela operação do restaurante já foi notificada.
Em nota oficial, a instituição garantiu que a Vigilância Sanitária inspecionará o local nesta quinta-feira, 22, e que o restaurante funcionará normalmente durante a visita.
Além disso, a reitoria prometeu acompanhar a situação, por meio da comissão de alimentação, e afirmou manter “compromisso com a saúde, o bem-estar e a qualidade de vida da comunidade acadêmica”.
Crise sanitária expõe tensão com movimento estudantil
A aparição do rato ocorreu no terceiro dia de manifestações lideradas pelo coletivo estudantil Saravá.
Desde segunda-feira 19, alunos da PUC-SP protestam por melhores condições de ensino, redução nas mensalidades e posicionamentos mais firmes da universidade sobre denúncias de racismo, assédio e negligência.
Na quarta-feira, estudantes do curso de psicologia aderiram à paralisação. Eles ocuparam o prédio antigo da instituição, montaram barricadas com carteiras e bloquearam corredores. Segundo os alunos, a ocupação ocorreu de forma pacífica e organizada.
Comunicados internos que circulam entre os alunos confirmam o cancelamento das aulas nesta quinta-feira, em decorrência da mobilização.
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Os protestos concentram-se nos cursos de ciências sociais, serviço social e psicologia, todos com histórico de militância política no campus.
Em resposta, a reitoria afirmou estar aberta ao diálogo. Segundo a nota oficial, “a manifestação envolveu um grupo de alunos do Edifício Cardeal Motta”. Ainda assim, a istração disse que aguarda os representantes do movimento para buscar soluções conjuntas.