Aos 70 anos, James Cameron permanece como um dos nomes mais influentes da história do cinema. Sua visão sobre a sétima arte, por exemplo, continua a ser requisitada pela mídia especializada. Em uma entrevista concedida à revista britânica Empire, em 2022, o diretor revelou sua seleção pessoal dos filmes de ficção científica que mais ira — obras que, segundo ele, ajudaram a moldar sua visão artística.
Os preferidos de James Cameron
Entre os títulos elencados está 2001: Uma Odisseia no Espaço (1968), de Stanley Kubrick — obra que Cameron qualificou como uma verdadeira obsessão. O filme acompanha a evolução humana diante do desconhecido, representado por um monólito enigmático e a inteligência artificial HAL 9000. Com quatro indicações ao Oscar e uma estatueta por Efeitos Visuais, é considerado um divisor de águas na história do cinema.
Outro marco lembrado por Cameron é Blade Runner – O Caçador de Androides (1982), dirigido por Ridley Scott. A atmosfera sombria e filosófica da obra, que discute a essência da humanidade em meio a uma Los Angeles decadente, teve impacto direto na estética de diversos filmes posteriores, inclusive nos próprios projetos do cineasta canadense. Embora tenha sido ignorado nas premiações principais da Academia, tornou-se cultuado com o tempo.
Cameron também se mostra irador de Contatos Imediatos de Terceiro Grau (1977), de Steven Spielberg. No longa, a aproximação entre humanos e seres extraterrestres é retratada com emoção e suspense, numa narrativa que valoriza o mistério e a curiosidade. A produção recebeu oito indicações ao Oscar e venceu pela fotografia.
O impacto cultural de Star Wars: Episódio IV – Uma Nova Esperança (1977), de George Lucas, também não ou despercebido por Cameron. A epopeia intergaláctica que apresentou Luke Skywalker ao mundo redefiniu os rumos da ficção científica no cinema comercial. A obra rendeu seis Oscars e marcou o começo de uma das franquias mais populares da história.
A surpresa na lista
Mais recente na lista está A Origem (2010), de Christopher Nolan. Segundo Cameron, a capacidade do filme em manipular tempo, realidade e consciência em múltiplas camadas de narrativa é notável. A obra, protagonizada por Leonardo DiCaprio, conquistou quatro estatuetas da Academia e permanece como uma das produções mais ousadas da ficção científica contemporânea.
Não poderia faltar Alien, o Oitavo ageiro (1979), também dirigido por Ridley Scott. A tensão claustrofóbica, aliada ao design inovador da criatura, elevou o terror espacial a um novo patamar. A influência da produção foi tão marcante que o próprio Cameron dirigiu a sequência, Aliens – O Resgate, em 1986, consolidando-se como mestre do gênero.
A surpresa da seleção de Cameron, no entanto, é Resident Evil: O Hóspede Maldito (2002), de Paul W.S. Anderson. Apesar de amplamente criticado à época, o filme conquistou o diretor por sua intensidade e pelo desempenho de Michelle Rodriguez. “Ver a Michelle naquele filme, movendo-se como uma criatura furiosa, te alegra”, declarou o cineasta, ao justificar a escolha.
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Boa escolha de filmes. Faltaram “O dia em que a Terra parou” de 1951, “Guerra entre Mundos” de 1953 e Interestelar.
Interestelar!
O melhor!
E o antigo Star Trek?