É difícil imaginar um bar ou padaria no Brasil onde não haja uma coxinha à venda. É um dos quitutes mais populares do país. Pudera: trata-se de uma receita criada para agradar a um neto do imperador D. Pedro II. Ao menos, essa é uma das versões para o surgimento dessa delícia.
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De acordo com essa versão, a receita teria surgido no século 19, nas proximidades da cidade de Limeira, no interior de São Paulo. A família real possuía uma propriedade no local — a Fazenda Morro Azul.
Supostamente, um dos filhos da princesa Isabel adorava tanto coxas de frango que só aceitava essa parte da ave como refeição. Durante uma das estadias na fazenda, houve a falta do corte, e o herdeiro do trono não poderia ficar sem comer.
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Para agradar o pequeno príncipe e tranquilizar o imperador, um dos cozinheiros reais teria bolado uma solução bastante criativa: fazer uma massa com formato semelhante ao da refeição favorita do infante, recheada com a carne da mesma ave — daí o nome coxinha, uma referência às coxas de frango, que o príncipe adorava. Pelo que se diz, deu certo.
Tanto a criança quanto a família real se apaixonaram pela novidade. Com a aprovação ilustre, a fórmula ou a ser imitada nas cozinhas mais nobres do país. Não demorou muito e o restante da população começou a se deliciar com a iguaria real. Desse modo, a coxinha teria se tornado uma paixão nacional, com fãs em todas as classes sociais.
Mito ou verdade: a coxinha brasileira
Não se sabe ao certo se a história é verdadeira ou apenas um mito. Contudo, é fato que a criação do quitute provavelmente aconteceu no Estado de São Paulo.

Os primeiros registros de venda dessa iguaria são em lanchonetes paulistas durante a maior parte do século 19 — ou seja: a mesma época em que D. Pedro II governava o Brasil. O monarca pode até ter sido deposto, mas a coxinha não perdeu a coroa de rainha entre os salgadinhos brasileiros.
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