Courtney Novak, influenciadora e escritora norte-americana, ficou tão fascinada por Memórias Póstumas de Brás Cubas, de Machado de Assis, que viralizou nas redes sociais ao perguntar: “O que vou fazer do resto da minha vida depois que terminá-lo">Tradutora de Brás Cubas comenta vídeo
Flora Thompson-DeVeaux celebrou o sucesso de sua tradução no Twitter/X. “Vi o vídeo [da Courtney], gente. Fiquei feliz demais de ver alguém tendo a mesma reação que eu quando li Brás Cubas pela primeira vez com meu português precário: espanto e indignação de não ter convivido com o Machado desde sempre. Presenteiem os amigos gringos, espalhem essa alegria.”
Memórias Póstumas de Brás Cubas é narrado por um “defunto-autor”, Brás Cubas, que escreve sua biografia desde o túmulo. A dedicatória inicial — “Ao verme que primeiro roeu as frias carnes do meu cadáver dedico como saudosa lembrança estas memórias póstumas” — já sugere a mistura de ironia, humor e horror.
Fernando Marcílio, professor de literatura do Curso Anglo (SP), explica que Machado de Assis revolucionou a literatura brasileira com Memórias Póstumas de Brás Cubas.
“Ele foi um gênio porque questionou as bases da literatura de seu próprio tempo ao escrever um romance realista”, disse Marcílio. “Realista nas bases do século XIX, desnudando a realidade humana e desfazendo as ilusões românticas.”
Heric José Palos, coordenador de literatura do Curso Etapa (SP), afirma que a obra de Machado permite entender melhor não só a história e a cultura brasileiras, mas também a espécie humana.
“Os jovens podem tomar consciência e enxergar a raiz e o problema de dilemas sociais com que vivemos até hoje”, disse Palos. “Os personagens são pessoas que conhecemos.”
A literatura brasileira é muito rica, mas pouco conhecida dos brasileiros que leem 2 a 3 livros por ano, isso pra quem o hábito, enquanto outros povos como por exemplo os russos que leem 10 livros por ano.
Para citar um exemplo, Patativa do Assaré e mais conhecido na Alemanha do que no Brasil.
Machado é um grande romancista, talvez maior do que Dostoiévski!