As discussões sobre o papel do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) voltaram ao centro do debate econômico nacional depois de críticas do presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, nesta segunda-feira, 2. Para ele, a função do IOF deve se restringir à regulação, sem viés de arrecadação ou de interferência na política monetária.
+ Leia mais notícias de Economia em Oeste
Durante evento no Centro de Debates de Políticas Públicas (CDPP), em São Paulo, Galípolo afirmou que sempre teve a visão de que não se deve utilizar o IOF nem para questões arrecadatórias nem para fazer algum tipo de apoio para a política monetária.
“É um imposto regulatório, como está bem definido”, declarou.
Recuos e projeções sobre o IOF
O governo federal publicou decreto que prevê aumento do IOF em operações de crédito, câmbio e seguros. O objetivo seria reforçar o equilíbrio fiscal e alinhar as políticas fiscais e monetárias, segundo o Ministério da Fazenda. No entanto, depois de repercussão negativa do mercado, o Executivo recuou quanto à elevação da alíquota do imposto para investimentos de fundos nacionais no exterior e manteve a taxa zerada para essas operações.
Inicialmente, a arrecadação extra estimada com as mudanças era de R$ 20,5 bilhões em 2025. Porém, em razão da alteração em parte do decreto, o Ministério da Fazenda informou que revisará a projeção. A pasta ainda não divulgou o novo valor.

A aplicação do IOF ocorre, entre outras situações, sobre operações de crédito e costuma ser reajustado pelo governo para diferentes objetivos. Galípolo reiterou que o imposto não deve servir para aumentar receitas públicas nem atuar como ferramenta de controle inflacionário.
O presidente do Banco Central afirmou que a instituição aguardará a definição do modelo final do novo IOF antes de reavaliar suas projeções. “Está em discussão ainda qual modelo final que vai sair do IOF”, avaliou Galípolo.
Leia mais: “A herança maldita de Lula”, artigo de Carlo Cauti publicado na Edição 271 da Revista Oeste
“Ainda há muita incerteza sobre o que pode ser alterado ou calibrado. Tendemos a consumir com mais parcimônia, aguardar para ver o desenho final e só então entender de que forma e em que medida isso deve ser incluído nas nossas projeções.”
Galípolo destaca cautela na comunicação

Durante sua apresentação, Galípolo reforçou a necessidade de cautela na comunicação das projeções econômicas, em razão de um contexto global de incertezas. Ele ressaltou que declarações imprecisas podem provocar volatilidade nos mercados.
O presidente do BC destacou ainda uma tendência internacional de bancos centrais em adotar uma comunicação mais clara e menos definitiva, por limitações na previsão de cenários futuros.
Leia também: “Um governo reborn”, artigo de Ubiratan Jorge Iorio publicado na Edição 270 da Revista Oeste
“Hoje, fazer cenário é muito difícil, e há o risco de que ele seja visto como uma previsão oficial do Banco Central”, afirmou. “Por isso, a maior parte das autoridades monetárias tem evitado dar guidance e preferido explicar sua função de reação, em vez de antecipar ações futuras.”
Segundo Galípolo, o uso frequente do termo “incerteza” nas políticas monetárias ao redor do mundo evidencia a necessidade de flexibilidade diante do ambiente econômico volátil. Ele ressaltou que a mesma informação pode ter interpretações diferentes conforme o contexto, exigindo prudência nas decisões e na comunicação.
Foi a Janja que sorpou esta declaração para ele?
Volta Campos Neto!!
Para quem paga pouco importa o nome do imposto, sai do bolso de quem já é roubado por essa quadrilha diariamente.
Se continuar assim os PTralhas vão inferniza-lo.
Engraçado que estava achando que o Galípolo no BC fosse ser cadelinha amestrada da facção criminosa PT, mas que o quê!…
Parabéns revista oeste, estamos juntos