Em editorial publicado na tarde deste sábado, 19, o jornal Gazeta do Povo analisou as falas do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, que fez duras críticas à Operação Lava Jato, numa conferência brasileira nos Estados Unidos, a Brazil Conference, realizada na Universidade de Harvard.
O decano da Corte afirmou que sente orgulho do desmanche da operação, a qual comparou com a maior organização criminosa do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC).
“Qualquer brasileiro com um mínimo de razão compreende o absurdo da comparação entre uma operação de combate à corrupção e uma facção cuja razão de existir é o crime”, escreveu o jornal. “A virulência quando se trata da Lava Jato é característica de Gilmar Mendes, a ponto de ele ser o único ministro do Supremo com uma condenação no currículo por ofensas ao ex-procurador Deltan Dallagnol.”
Como lembrou a publicação, antigamente, Gilmar Mendes elogiava os trabalhos da Lava Jato. Ele já afirmou que o petrolão era o “filhote maior” do mensalão, que o PT instalara uma “cleptocracia” no Brasil, com “um plano perfeito” para se “eternizar no poder”. No entanto, com o ar do tempo, tornou-se um grande crítico da operação.
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Para a Gazeta do Povo, a operação de combate à corrupção “usou de firmeza no desmonte do esquema montado pelo PT em conluio com partidos aliados e empreiteiras amigas, mas apenas aquela firmeza que a lei permitia”.
“Trata-se de um despautério cuja falsidade é evidente, e que pode dizer muito sobre quem o profere, especialmente porque as supostas conversas nem sequer têm o teor que Gilmar lhes atribuiu, com menções a “destruição de empresários” ou coisa parecida”, escreveu o jornal.
Jornal compara críticas de Gilmar Mendes com ações do STF

Ainda na publicação deste sábado, a Gazeta do Povo comparou as críticas de Gilmar Mendes à Operação Lava Jato com as próprias ações do STF, “especialmente as do ministro Alexandre de Moraes”.
“Basta recordar as circunstâncias da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, cuja prisão preventiva foi revogada justamente quando ele aceitou colaborar, e que depois ouviu de Moraes a ameaça de voltar à cadeia caso não confirmasse determinada versão dos fatos”, escreveu.
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“Ou, ainda, a escandalosa troca de mensagens entre assessores de Moraes no STF e no TSE, com um órgão da corte eleitoral produzindo material para embasar os inquéritos no Supremo. Nada disso, claro, impediu Gilmar de defender Moraes em Harvard, mas a verdade é que, se os critérios que o decano do STF aplica equivocadamente à Lava Jato fossem aplicados também ao inquérito das fake news e aos processos do 8 de janeiro e da “minuta do golpe”, não restaria pedra sobre pedra.”
Para o jornal, a “o trabalho de que Gilmar Mendes tanto se orgulha é, no fim das contas, a impunidade daqueles que montaram o maior esquema de corrupção da história do país”.
É um dos paspalhos fantasiados de juízes que elogiavam a Lava Jato e mudaram de opinião de repente. Minha única dúvida é sobre QUANTO EMBOLSARAM para mudar de opinião.
” A doença de Alzheimer, é uma doença muito grave.!”
Enquanto o crime organizado usar toga, nunca teremos paz neste país.
O país está dominado por um bando que implanta uma ditadura assassina, há inocentes mortos no calabouço da Papuda, de tudo capaz que viola o Estado, massacra, tutela e humilha a nação mas a reação do povo freou o monstro e estes criminosos terão de bater chapa nas urnas onde serão defenestrados de forma correta e civilizada e o país começará a mudar … a ditadura está nos estertores e quem sobreviver sorrirá !!!
Estamos vivendo num dos maiores paradoxos de toda a existência do Brasil, onde se diz sob o manto do Estado de Direito e de uma Democracia plena numa República Constitucional quando, na verdade, vivemos sob o mando maligno de pouquíssimos indivíduos que usurparam o poder, sem a menor representatividade, e que vão desconhecendo os princípios básicos de Democracia e quebrando textos Constitucionais e o Estado de Direito, quando eles próprios seriam os guardiões desses valores.
No entanto, o povo brasileiro parece merecer, se acovardou, se submete. Triste para as futuras gerações!