Em editorial publicado nesta quarta-feira, 23, o jornal Folha de S.Paulo aborda a recusa do deputado federal Pedro Lucas Fernandes (União Brasil-MA) ao convite pessoal do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para integrar o primeiro escalão do governo.
A decisão inesperada simboliza uma derrota política para o Planalto e joga luz sobre a fragilidade da base aliada na Câmara. O parlamentar lidera o União Brasil na Casa. Ele chegou a ser anunciado como novo ministro das Comunicações, no lugar de Juscelino Filho, investigado por corrupção iva.
+ Leia mais notícias de Imprensa em Oeste
Pedro Lucas, inclusive, participou de uma reunião com Lula no Palácio da Alvorada e teve seu nome confirmado por Gleisi Hoffmann, ministra da Secretaria de Relações Institucionais.
No entanto, apesar do respaldo inicial, o editorial lembra que o deputado recuou 12 dias depois. Ele divulgou nota na qual afirma que não aceitaria o cargo e pediu desculpa ao presidente, mas disse ter compromisso com o diálogo institucional.
“Minhas mais sinceras desculpas ao presidente Lula por não poder atender a esse convite”, disse o parlamentar. “Recebo seu gesto com gratidão e reafirmo minha disposição para o diálogo institucional, sempre em favor do Brasil.”
Nos bastidores, aliados interpretaram o movimento como resposta direta à pressão do grupo político de Pedro Lucas, que temia perder força na Câmara com uma nova eleição para a liderança da bancada do União Brasil.
Segundo a Folha, a recusa provocou desconforto evidente no governo. Como resultado, a troca de acusações entre aliados do Planalto refletiu o constrangimento gerado pela desistência, sem que se apontasse um responsável direto pelo fracasso.
Governo sem margem para ameaças
Na tentativa de minimizar o episódio, circulou a ideia de que o União Brasil poderia perder espaço na Esplanada. O PSD, por exemplo, teria interesse na vaga do Turismo, atualmente sob controle da sigla de Pedro Lucas.
Mas o governo sabe que não pode bancar ameaças. O União Brasil mantém 59 deputados e sete senadores, entre eles Davi Alcolumbre (AP), que preside o Senado. Lula não dispõe de força suficiente para afrontar uma legenda desse porte.
+ Leia também: “Governo Lula infla dados sobre internet em escolas públicas”
Na prática, o presidente enfrenta dificuldades para aprovar projetos centrais no Congresso. A base aliada tem mostrado instabilidade. Isso ficou claro na votação do requerimento de urgência para o projeto de anistia aos envolvidos nos atos do 8 de janeiro. Ao todo, 264 deputados apoiaram a proposta — 61% deles pertencem à base do governo.
Assim se inicia a queda iminente do Estado de Exceção no Brasil, o fim do totalitarisno autoritário do stf (em minúsculo mesmo). ANISTIA JÁ!!!…
👏👏👏
Ali Babá tinha 39 “ministros”, Lula tem apenas 39 e eis que, pasmem, o União Brazil o velho centrão sócio da pOtaria há cinquenta anos rejeita um ministério … há algo pôdre no reino da Dinamarca? há sim a ditadura foi freada começa a morrer e o fedor é inável.