Depois de um comentário polêmico nas redes sociais, a ABC News, controlada pela Disney, decidiu suspender o jornalista Terry Moran no domingo 8. A decisão foi tomada depois que Moran escreveu no X que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump e seu assessor Stephen Miller seriam “odiadores do mundo”.
Na publicação, Moran afirmou: “Trump odeia o mundo. Mas seu ódio é apenas um meio para um fim, e esse fim [é] sua própria glorificação”. Ele ainda escreveu que Miller “é um homem ricamente dotado com a capacidade de odiar”. Posteriormente, Moran removeu as mensagens da rede social.
A ABC News informou que a suspensão foi imediata e que o caso ainda será analisado. Segundo a emissora, a publicação não representa sua posição e violou os padrões da empresa. “Defendemos a objetividade e não toleramos ataques pessoais”, declarou em nota.
Embates entre ABC News e Trump
O episódio também provocou reações na Casa Branca. A secretária de imprensa, Karoline Leavitt, classificou as declarações de Moran como “retórica inaceitável e desequilibrada” e afirmou à Fox News que “a ABC terá que responder pelo que seu suposto jornalista publicou no Twitter”. Para ela, casos assim aumentam a desconfiança do público na grande mídia.
Não é a primeira vez que a ABC News entra em conflito com Donald Trump. O presidente processou a emissora depois que o apresentador George Stephanopoulos afirmou ao vivo que ele teria sido “responsável por estupro”. Para encerrar o caso, a Disney — dona da ABC — pagou US$ 15 milhões à biblioteca presidencial de Trump, em dezembro.
Durante seu segundo mandato, Trump intensificou a pressão contra grandes veículos de comunicação, recorrendo a ações judiciais e ordens executivas. Processou a CBS News por supostamente manipular uma entrevista com Kamala Harris e aprovou cortes de verba federal para canais públicos como PBS e NPR.
Hoje, a Paramount, que controla a CBS News, negocia um acordo com Trump — situação que gerou desconforto entre os próprios jornalistas da emissora.
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Censura a um jornalista? Ué, cadê os defensores da plena liberdade de expressão agora?