Forças ucranianas atingiram, pela terceira vez, a Ponte da Crimeia, na noite desta segunda-feira, 2. A estrutura liga a Rússia à península anexada em 2014 e é um alvo estratégico de Kiev.
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O ataque ocorreu às 4h44 locais (22h44, no horário de Brasília) e utilizou 1,1 mil kg de explosivos subaquáticos, segundo o Serviço Secreto da Ucrânia (SBU). O novo ataque ocorreu dois dias depois de a Ucrânia destruir ao menos 40 aviões russos em uma ação no último fim de semana.
O SBU divulgou imagens da operação e informou que agentes infiltrados instalaram explosivos nas bases da ponte. “Já atingimos a Ponte da Crimeia duas vezes, em 2022 e 2023″, declarou o chefe do órgão, tenente-general Vasyl Maliuk. “Hoje, continuamos essa tradição, agora debaixo d’água.”
Ponte da Crimeia está em estado crítico
“A ponte está em estado crítico”, disse ainda o SBU. O tráfego de veículos foi interrompido e depois retomado no fim do dia. Já o transporte marítimo foi suspenso na área de Sebastopol, principal cidade da Crimeia.
A ponte é considerada ilegal pela Ucrânia, que a vê como rota de abastecimento russo.
Ucrânia causa maior blecaute do conflito em regiões ocupadas
Na mesma madrugada, um ataque com drones derrubou o fornecimento de energia em Kherson e Zaporíjia, regiões do sul da Ucrânia ocupadas pela Rússia. Ao menos 700 mil pessoas ficaram sem luz. Foi o maior apagão provocado por ação militar desde o início da guerra.
Segundo a estatal russa Rosatom, não há risco imediato à usina nuclear de Zaporíjia, ocupada desde 2022 e ainda com um dos seis reatores em funcionamento. A planta, maior da Europa, depende de energia externa para manter sistemas vitais em operação.
“A situação está sendo mantida estável com geradores, mas é complexa”, afirmou o presidente da empresa, Alexei Likhatchev, à agência RIA Novosti.
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Kherson e Zaporíjia são estratégicas para Moscou. Essas regiões formam um corredor terrestre entre a Rússia continental e a Crimeia. A ligação se dava, antes, por mar ou pela ponte, cuja construção ocorreu em 2018.
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