O Hamas divulgou, neste sábado, 10, um vídeo com dois reféns israelenses, Yosef-Chaim Ohana e Elkana Bohbot, mantidos em cativeiro em Gaza desde o ataque terrorista de 7 de outubro de 2023.
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No vídeo, Ohana se identifica como Prisioneiro Número 22 e aponta para Bohbot, a quem se refere como Prisioneiro Número 21. Bohbot permanece em silêncio ao seu lado durante o vídeo. Ambos estão sendo mantidos em condições precárias pelo grupo terrorista.
Segundo Ohana, desde que souberam que a guerra pode se estender por muitos meses, a saúde mental e física de Bohbot se deteriorou. Ele menciona que Bohbot tentou suicídio novamente recentemente e precisou ser imobilizado por Ohana e um terrorista do Hamas.
Ohana também afirma que Bohbot parou de comer e beber e está sem forças. “Ele não consegue fazer nada além de pensar na família, na esposa Rivka e no filho Raam”, disse Ohana, que parou de comer em solidariedade a Bohbot. “O destino dele é o meu.”
Às autoridades de Israel, Ohana faz um apelo e pergunta diretamente a Sara Netanyahu: “Se você quer saber quantos prisioneiros ainda estão vivos, pergunte a Sara”, disse, ainda encontrando um tom de ironia. “Ela parece saber o que você não sabe.”
A afirmação de Ohana se referia à fala da mulher do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, quando ela, corrigindo o marido, afirmou que “menos de 24 reféns permanecem vivos” em Gaza, durante um evento em 30 de abril de 2025.
Essa declaração gerou controvérsia e levantou questionamentos sobre a origem das informações que ela possuía.
Ohana, ainda, desafiou a liderança israelense ao questionar: “Quanto mais tempo essa guerra vai durar"> “O que um ex-militar israelense pensa sobre a contraofensiva em Gaza”
Ele e outros reféns foram mantidos em um túnel estreito de 30 metros de profundidade, onde mal conseguiam se mover e dormiam em um lençol úmido e mofado.
Yosef-Chaim Ohana, de Kiryat Malachi, foi ao festival de música depois de ser convidado por seu amigo Daniel Sharabi para celebrar sua despedida antes de viajar aos EUA para um curso de piloto.
No festival, depois de as sirenes de ataque aéreo, Ohana e Sharabi ajudaram vítimas e tentaram fugir, mas foram atingidos por disparos. Ohana foi levado pelos sequestradores e, posteriormente, apareceu no vídeo divulgado pelo Hamas.