Israel convocou a embaixadora da Espanha no país, Ana Salomon Perez, para uma reunião de advertência nesta quarta-feira, 14, em reação a falas recentes do presidente espanhol, Pedro Sánchez. Ele declarou ao Congresso de seu país que o governo não comercializa com “um Estado genocida”.
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A declaração de Sánchez foi uma resposta as acusações do porta-voz do partido catalão Esquerra Republicana. O deputado Gabriel Rufián afirmou que o governo espanhol mantém relações comerciais “com um Estado genocida, como Israel”.
A discussão se deu em meio a uma polêmica que surgiu na Espanha sobre a compra de armas de Israel em meio à ofensiva israelense na Faixa de Gaza.
We strongly condemn Spanish Prime Minister Pedro Sánchez’s statement in the Spanish parliament, labelling the State of Israel as “a genocidal state.”
— European Jewish Congress (@eurojewcong) May 15, 2025
Such rhetoric is not only deeply irresponsible, it is morally indefensible and historically outrageous. It trivialises the… pic.twitter.com/4SU26EcLfx
Espanha cancela contrato com empresa de Israel
Em 24 de abril, Sánchez anunciou o cancelamento de um contrato com uma empresa israelense para aquisição de munições. O objetivo foi preservar a coalizão com o partido de esquerda Sumar, seu parceiro de governo.
O contrato, avaliado em 6,6 milhões de euros, previa a compra de 15 milhões de projéteis da IMI Systems destinados à Guarda Civil espanhola.
Israel condenou “veementemente” a rescisão do acordo, afirmando que o governo espanhol estava “sacrificando considerações de segurança por motivos políticos”. Segundo o Ministério das Relações Exteriores israelense, a Espanha segue “do lado errado da história” e se posiciona “contra o Estado judeu, que se defende de ataques terroristas em sete frentes”.