Abril terminou com 35 ocupações de terra promovidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST) em 20 Estados brasileiros. A ofensiva provocou reação imediata da direita, que articulou projetos de lei, Is e campanhas públicas para conter o avanço do movimento.
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Um levantamento do jornal O Globo apontou 25 propostas legislativas com foco punitivo ao MST só neste mês. As iniciativas partiram do Congresso Nacional, de Assembleias estaduais e Câmaras municipais.
Em Mato Grosso, deputados abriram uma Comissão Parlamentar de Inquérito (I) para investigar as invasões. A proposta, de autoria de Carlos Avallone (PSDB), atribui ao MST mais de 70% das ocupações entre 1979 e 2017. A votação do relatório foi adiada e ainda não há nova data.
Na Bahia, o deputado Leandro de Jesus (PL) conseguiu o apoio necessário para instaurar uma I. No entanto, o Tribunal de Justiça da Bahia barrou a iniciativa e alegou incompatibilidade com o regimento da Assembleia.
Enquanto isso, Estados reforçam o discurso em defesa da propriedade privada e do agronegócio. Santa Catarina e Paraná aprovaram o “Abril Verde”, reação direta ao “Abril Vermelho” promovido pelo MST. No Rio Grande do Sul, a proposta avança nas comissões. Em SC, o governador Jorginho Mello (PL) lançou o “Movimento dos Trabalhadores Com Terra (MCT)” e disse que, se o MST insistir, “o bambu vai roncar”.
Zema afirmou que PM vai agir contra o MST de ‘forma adequada’
Em Minas Gerais, o governador Romeu Zema (Novo) apareceu em um evento do agro com boné do “Abril Verde” e declarou que a PM vai agir.
“Cerca existe para ser respeitada, e a nossa Polícia Militar está orientada para agir de forma adequada”, disse Zema.
Outros Estados também reagiram. No Espírito Santo, o deputado Alcântaro Filho (Republicanos) propôs cortar verbas de escolas de samba que homenageiem movimentos considerados ilegais, como o MST. Já no Paraná, vereadores querem proibir rees a cooperativas ligadas ao grupo.
No Congresso, o deputado Mauricio Neves (PP-SP) apresentou um projeto que tipifica a invasão de terras como crime de terrorismo.
Apesar disso, setores da esquerda ainda defendem o MST. Em Belo Horizonte, a Câmara realizou uma sessão solene pelos 40 anos do grupo. No Rio Grande do Norte, a deputada Isolda Dantas (PT) tentou aprovar homenagem semelhante, mas foi derrotada com apenas cinco votos favoráveis.
É só metralhar, meter bala nesses vagabundos, bandidos
Não seria “reação de direita”, invasão de propriedade privada é CRIME!!!… E enfia no toba quem vir com argumentinho mequetrefe de “terra com função social”.