Especialistas afirmam que podem ser necessários mais testes para liberar alguém da quarentena por coronavírus

Foto: Busan Metropolitan City/Wikimedia
A Coreia do Sul procura desesperadamente entender o porquê de pacientes já curados do coronavírus terem testado positivo dias depois. A questão levanta questionamento entre os cientistas sobre a pandemia do coronavírus.
O Centro de Controle de Doenças do país asiático está estudando 51 pessoas em Daegu, cidade onde a pandemia se mostrou mais severa, que receberam resultado positivo quando submetidas a novo teste após aparentarem estar curadas.
Espera-se um relatório inicial para a próxima semana, mas já foi adiantado que as autoridades não acreditam que os pacientes tenham sido reinfectados ou que continuaram infectados.
“Dizemos que um paciente está curado se seu teste resulta negativo por duas vezes em 24 horas. O fato de que algumas pessoas testem novamente positivo após um curto período significa que o vírus continua no organismo por mais tempo que a gente imaginava”, afirmou Son Young-rae, porta-voz do Ministério da Saúde e do Bem-Estar, ao jornal Financial Times.
Os testes aconteceram entre dois dias e duas semanas depois de os pacientes receberem alta. Alguns apresentaram sintomas, como febre e dificuldade de respiração, mas a maioria estava assintomática, de acordo com as autoridades.
Para o imunologista e diretor-geral do Instituto Internacional da Vacina, Jerome Kim, ainda não existe um entendimento definitivo sobre o coronavírus e talvez mudanças no processo de recuperação de pacientes devam ser feitas.
“Frequentemente, quando infecções estão em andamento, temos resultados intermitentes entre positivo e negativo, em geral no limite do que pode ser detectado. Talvez o governo precise verificar os dados e realizar mais testes ao longo de uma semana”, disse Kim.
Nos últimos dois meses, a Coreia do Sul conseguiu controlar a pandemia, com testes em massa, políticas de distanciamento social e de rastreio de doentes. Nesta sexta-feira, o país confirmou apenas 27 novos casos, o menor número em mais de um mês.
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