O papa Francisco, de 88 anos, completou um mês de internação no Hospital Gemelli, em Roma, nesta sexta-feira, 14. Ele foi internado devido a uma infecção respiratória grave, diagnosticada como pneumonia bilateral, que dificultou sua respiração e poderia inflamar e cicatrizar os pulmões. Não há previsão de alta.
A saúde do papa, que já teve o lobo pulmonar direito removido na juventude, gerou preocupações. Havia risco de sepse, uma resposta inflamatória do corpo a infecções, caso os germes atingissem a corrente sanguínea. Contudo, esse risco diminuiu nos últimos dias, segundo os médicos.
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Na última segunda-feira, 10, a equipe médica retirou o prognóstico reservado, ou seja, descartou perigo iminente de morte. Uma tomografia recente confirmou a melhora no estado geral de saúde, conforme anunciado pelo Vaticano na quarta-feira 12.
Durante a internação, Francisco continuou suas funções papais, especialmente com a de documentos e a revisão de textos de orações. Ele também manteve contato com o secretário de Estado, Pietro Parolin, da Cúria Romana. Mesmo assim, delegou compromissos ligados ao Jubileu e não recita o Angelus há quatro domingos.
Boletim sobre a saúde do papa Francisco
Na manhã desta sexta-feira, 14, a Santa Sé informou que o pontífice teve uma noite tranquila. No boletim médico divulgado na quinta-feira 13, o Vaticano informou que Francisco segue com a terapia respiratória e continua alternando a ventilação mecânica não invasiva à noite com oxigenação de alto fluxo com cânulas nasais usadas durante o dia.
“A situação clínica permanece estável em um quadro complexo”, resumiu o Vaticano.
Na tarde de quinta-feira, a equipe médica levou um bolo com velas ao quarto do pontífice para comemorar o 12º aniversário de sua eleição como papa. À tarde, Francisco participou dos exercícios espirituais para a Cúria Romana em conexão de vídeo com a Sala Paulo VI.
O Vaticano tem divulgado boletins diários sobre a saúde de Francisco, redigidos pelos médicos responsáveis e liberados “de acordo com o Santo Padre”. “O papa sempre quis que disséssemos a verdade”, afirmaram os médicos no início da hospitalização.
