O reator Kstar, conhecido como “sol artificial”, atingiu um novo recorde mundial de tempo em que permaneceu com temperaturas acima de 100 milhões de graus Celsius — sete vezes mais quente que o núcleo do Sol. O Instituto Coreano de Energia de Fusão (KFE) divulgou o resultado da experiência de fusão nuclear na quinta-feira 28. O experimento durou 48 segundos.
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O experimento é considerado um importante avanço na tecnologia energética futurista e deve trazer produção de energia mais eficiente e limpa. Os cientistas utilizam a fusão nuclear para replicar a reação que faz o Sol e outras estrelas brilharem. Eles fundem dois átomos para liberar enormes quantidades de energia.
A experiência é muitas vezes referida como a principal solução climática de energia limpa. Isso porque a fusão tem o potencial de fornecer energia ilimitada, sem poluição por carbono. Porém, os cientistas enfrentam desafios nessa questão.
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Um reator circular chamado tokamak é o modo mais comum de obter energia por meio da fusão. Ele aquece variantes de hidrogênio a temperaturas extraordinariamente altas para criar um plasma. Essas substâncias geram reações que podem ocorrer por longos períodos.
De acordo com o diretor do Centro de Pesquisa Kstar do KFE, Si-Woo Yoon, essas reações são vitais para o futuro dos reatores de fusão nuclear, que alcançaram o novo recorde. Ele explicou para a emissora norte-americana CNN que é muito difícil manter as altas temperaturas por causa da instabilidade do plasma de alta temperatura.
O sol artificial conseguiu sustentar o plasma com temperaturas de 100 milhões de graus durante 48 segundos. O experimento foi realizado entre dezembro de 2023 e fevereiro de 2024. O recorde anterior foi de 30 segundos, em 2021.
Em fevereiro, cientistas ingleses conseguiram quebrar um recorde e produzir mais energia do que nunca por meio de uma reação de fusão. Eles produziram 69 megajoules de energia durante cinco segundos. O valor conseguiria abastecer 12 mil casas pelo mesmo período.
Os cientistas ainda precisam trabalhar para resolver diversas dificuldades de engenharia e científicas antes de comercializar a fusão nuclear. O diretor da KFE acredita que o procedimento estará pronto até a segunda metade do século.
Se todo esse calor está contido num campo magnético, a pergunta que se faz é: Como aproveitar esse calor para produção de vapor e transformasr isso em energia cinética (uma turbina, por exemplo), se todo esse calor está contido num vaso incomunicável com o exterior? Mas esse pessoal já deve saber como se faz isso, eu não sei e é o que me importa.