Depois de um jantar com o presidente Lula e líderes partidários de esquerda e do centrão, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), decidiu não pautar a urgência do PL da Anistia.
O anúncio do adiamento da anistia por Motta ocorreu em declaração à imprensa, ao final da reunião de cerca de três horas do colégio de líderes, nesta quinta-feira, 24.
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“Discutimos de forma exaustiva, onde todos os líderes presentes, que representam algo em torno de quase 500 parlamentares, alguns líderes estiveram ausentes, e especificamente sobre o tema da urgência da anistia, se foi decidido pelo adiamento da pauta desse requerimento de urgência”, declarou.
Ao sair do Congresso Nacional para uma pauta externa, Oeste indagou Motta sobre se a decisão no colégio de líderes ocorreu por influência do jantar com Lula. O parlamentar não respondeu.
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Oposição retoma obstrução
Com a decisão do adiamento da votação da proposta, a oposição anunciou a retomada da obstrução na Câmara dos Deputados. As únicas exceções são duas discussões previstas na pauta da CCJ na semana que vem: recurso de Glauber Braga contra sua cassação e o pedido para suspender a ação penal no Supremo Tribunal Federal (STF) contra o deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ).
Ao falar com a imprensa nesta quinta-feira, o líder da oposição, Luciano Zucco (PL-RS), criticou a decisão de Motta: “O que aconteceu aqui hoje, na minha visão, foi um grande desrespeito para com a Câmara dos Deputados”.
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“No momento que tu tens 264 s caracterizando a maioria e se muda a estratégia imputando aos líderes essa responsabilidade, logicamente nota-se que forças adversas atuaram e que mais uma vez vamos empurrar para frente uma pauta necessária”, analisou.
Diante dessa decisão do colégio de líderes, Zucco anunciou a retomada da obstrução: “Quero falar, sim, que nós só vamos sair da obstrução após termos a data marcada da anistia”.
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O que será que ele ouviu do nosso presidento nesse jantar?
Esse é mais um dos vendidos do Congresso! Que desgraça!
Ventríloquo do capeta.
É uma vergonha. Enquanto tivermos o sistema eleitoral com cota partidária, teremos políticos horríveis precisamos que apenas quem teve voto popular assuma cargos.
A escolha de um deputado para presidir a Câmara, que ao invés de currículo tem prontuário não é por acaso. As chantagens são fáceis e eficazes. Não fará nada que ponha o “seu na reta”.
Em momentos de crise precisamos de homens fortes e não de fracotes como Hugo Mota.