Imagine um grupo de mulheres que discorda de uma das principais pautas do movimento feminista, a de que o Estado pode resolver os problemas delas. Imagine ainda que essa organização não recebe dinheiro dos pagadores de impostos e é composta de um público liberal e libertário. Ela existe. Trata-se do Ladies of Liberty Alliance (Lola).
Criado em 2009 por Nena Whitfield, que ajudou o Partido Republicano em campanhas nos Estados Unidos, o Lola visa promover mulheres de diversas áreas, em 30 países, para enfrentar o monopólio que o movimento de esquerda tem hoje sobre políticas públicas para o segmento. O grupo chegou ao Brasil em 2018.
A advogada Izabela Patriota, diretora de Relações Públicas do Lola, aprendeu desde cedo a não esperar do Estado soluções para quaisquer problemas. Ela viu na organização um norte a ser seguido. A Oeste, a advogada afirma que os problemas da mulher do século 21, como conciliar a carreira e a maternidade, podem ser resolvidos pela iniciativa privada, diferentemente do que a maioria das feministas defende.
A seguir, os principais trechos da entrevista.

Por que uma organização para mulheres liberais e libertárias seria necessária no século 21?
A realidade na qual vivemos induz as mulheres a acreditarem que o Estado vai resolver os problemas delas, sobretudo os que dizem respeito à conciliação da maternidade com a carreira. Nessa equação, movimentos sociais que defendem maior presença do governo no mundo feminino tendem a falar mais alto. O Lola existe para demonstrar que as melhores soluções vêm do círculo privado: sociedade civil, atuação dos mercados e do indivíduo.
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Muitos problemas, não só os das pessoas que menstruam – como às vezes prefere se referir este desgoverno – vêm do Estado. Determinados problemas são lucrativos para alguns. Difícil solução. Parabéns às mulheres de fibra que lutam em vez de se aproveitarem.