Nesta sexta-feira, 30, a 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) realiza o penúltimo dia de oitivas das testemunhas dos acusados de suposta tentativa de golpe de Estado. O senador Ciro Nogueira (PP-PI), que foi ministro da Casa Civil na gestão Bolsonaro, prestou esclarecimentos à Corte.
Ciro Nogueira foi arrolado como testemunha das defesas de Jair Bolsonaro, Anderson Torres e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Ao ser indagado sobre a suposta tentativa de golpe, o parlamentar negou que o assunto tenha entrado em pauta no governo ado ou que tenha havido apoio às manifestações do 8 de janeiro de 2023.
“Nunca aconteceu isso”, afirmou o senador, ao ser indagado em relação à narrativa do golpe. “Todas as orientações foram para que eu fizesse a transição da melhor forma possível.”
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Em 2022, Bolsonaro designou o então ministro da Casa Civil para liderar a transição de governo. Ciro Nogueira chegou a destacar que o ex-presidente “ficou um período deprimido e teve um problema de saúde e teve que se recolher no Palácio do Alvorada”.
“Lá eu falava com ele, mas não era nada que ele tivesse que despachar, até porque ele já tinha me dado o comando da transição”, explicou. “Eu falava com ele do que estava ocorrendo. Algumas situações até nos decepcionaram, da falta de interesse pela situação do país (por parte do governo Lula). Foi tudo dentro do normal.”
Bolsonaro e Torres não têm envolvimento com 8/1
Ao ser indagado pela defesa de Anderson Torres sobre o envolvimento do ex-ministro da Justiça e de Bolsonaro com os atos de 8 de janeiro, Ciro Nogueira também o negou.
O senador chegou a destacar que Torres “estava até fora do Brasil” no dia. “Ele era um ministro zeloso, que sempre interagia conosco da melhor forma possível, então era uma pessoa bem competente”, afirmou.
Questionado se Bolsonaro teria algum fato que o ligasse à manifestação ou que tivesse incentivado os atos, o parlamentar afirmou: “De forma alguma”.
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