A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro retirou quatro nomes da lista de testemunhas que prestariam depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) na ação penal que investiga uma suposta tentativa de golpe de Estado em 2022.
A defesa dispensou os ex-ministros Eduardo Pazuello, da Saúde, e Gilson Machado, do Turismo. Também excluiu da lista o advogado Amauri Feres Saad e o médico Ricardo Peixoto Camarinha, que trabalhou no Palácio do Planalto durante o mandato de Bolsonaro.
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A Polícia Federal (PF) afirma que Saad participou da redação de uma minuta com medidas inconstitucionais. Ele teria elaborado o texto ao lado do ex-assessor Filipe Martins e do padre José Eduardo de Oliveira.
Como resultado, a PF incluiu o documento no inquérito que investiga uma articulação para subverter o resultado das eleições. A 1ª Turma do Supremo programou para esta sexta-feira, 30, e a próxima segunda, 2 de junho, as oitivas das testemunhas de defesa ainda mantidas no processo.
Permanecem na lista nomes do núcleo duro da gestão Bolsonaro. O governador de São Paulo e ex-ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas (Republicanos), deve prestar depoimento.
O mesmo vale para o senador e ex-chefe da Casa Civil Ciro Nogueira (PP-PI) e para o ex-ministro do Desenvolvimento Regional Rogério Marinho (PL-RN), que também está no Senado. Jonathas Nery, que foi secretário-executivo da Casa Civil, completa a lista de testemunhas.
Justiça convoca Valdemar Costa Neto, aliado de Bolsonaro
Ao mesmo tempo, a Justiça convocou o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto. Ele vai depor como testemunha no processo contra o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. A audiência deve ocorrer nesta sexta-feira.
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O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, vai comandar a oitiva das testemunhas. A sessão está marcada para iniciar-se às 8 horas. Ao todo, a Corte já ouviu 43 pessoas envolvidas no caso.
Carta de um Brigadeiro
Nunca mais se diga que nossas Forças Armadas nunca perderam uma guerra!
Hoje perdemos a maior delas!
Perdemos nossa Coragem!
Perdemos nossa Honra!
Perdemos nossa Lealdade!
Não cumprimos com o nosso Dever!
Perdemos a nossa Pátria!
Eu estou com vergonha de ser militar!
Vergonha de ver que tudo aquilo pelo qual jurei, trabalhei e lutei, foi traído por militares fracos, desleais e covardes, que fugiram do combate, preferindo apoiar quem sempre nos agrediu, sempre nos desrespeitou, sempre nos humilhou e sempre se vangloriou disso, e que ainda brada por aí que não nos quer em sua escolta, por não confiar nos militares das Forças Armadas, e que estas devem ser “colocadas em seu devido lugar”.
Militares que traíram seu próprio povo, que clamou pela nossa ajuda e que não foi atendido, por estarem os militares da ativa preocupados somente com o seu umbigo, e não com o povo a quem juraram proteger!
Fomos reduzidos a pó. Viramos farelo.
Seremos atacados cruelmente e, se reagirmos somente depois disso, estaremos fazendo apenas em causa própria, o que só irá piorar ainda mais as coisas.
Joguem todas as nossas canções no lixo!
A partir de hoje, só representam mentiras!
Como disse Churchill:
“Entre a guerra e a vergonha, escolhemos a vergonha.”
E agora teremos a vergonha e a guerra que se seguirá inevitavelmente.
A guerra seguirá com o povo, com os indígenas, com os caminhoneiros, com o Agronegócio. Todos verão os militares como traidores.
Segmentos militares certamente os apoiarão. Eu inclusive.
Generais não serão mais representantes de suas tropas.
Perderão o respeito dos honestos.
As tropas se insubordinarão, e com toda razão.
Os generais pagarão caro por essa deslealdade.
Esconderam sua covardia, dizendo não ter havido fraude nas urnas.
Oras! O Exército é que não conseguiu identificar a fraude!
Mas outros, civis, conseguiram!
A vaidade prevaleceu no Exército e no seu Centro de Guerra Cibernética. Não foram, mais uma vez, humildes o suficiente para reconhecer suas falhas. Prevaleceu o marketing e a defesa de sua imagem. Perderam, Manés!
E o que dizer da parcialidade escancarada do TSE e do STF, que além de privilegiarem um candidato, acabam por prender inconstitucionalmente políticos, jornalistas, indígenas, humoristas e mesmo pessoas comuns, simplesmente por apoiar temas de direita, sem sequer lhes informar o crime cometido ou oportunidade de defesa? Isso não conta? Isso não aconteceu?
E a intromissão em assuntos do Executivo e do Legislativo?
Isso também não aconteceu?
Onde está a defesa dos poderes constitucionais?
Onde estão aqueles que bradaram que não bateriam continência a um ladrão?
Será que os generais são incapazes de enxergar que, validando esta eleição, mesmo com o descumprimento de ordem de entrega dos códigos-fonte, valida-se também esse mesmo método, não só para todas as próximas eleições, para o que quer que seja, perpetuando a bandidagem no poder, assim como corrompendo futuros plebiscitos e decisões populares para aprovar/reprovar qualquer grande projeto de interesse da criminalidade?
NÃO HAVERÁ MAIS ELEIÇÕES HONESTAS!
A bandidagem governará impune, e as Forças Armadas, assim como já ocorre com a Polícia Federal, serão vistas como cães de guarda que asseguram o governo ditatorial.
O povo nunca perdoou os traidores nem os burros.
Não vai ser agora que irão.
Ah, sim, generais:
Entrarão para a História!
Pela mesma porta que entrou Calabar.
QUE VERGONHA!
Assina:
Brigadeiro Eduardo Serra Negra Camerini