A Avenida Paulista foi palco de manifestações neste domingo, 26. O ato teve a presença de diversos parlamentares. Um deles, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), 27 anos.
Nikolas conversou com a Oeste durante a cobertura do protesto, em São Paulo. Uma das pautas da manifestação é a saída de Alexandre de Moraes do cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal (STF). “A única coisa que põe medo na classe política é o povo na rua”, disse o deputado.
O parlamentar citou Cleriston Pereira da Cunha, o Clezão, como exemplo de “homens e mulheres de coragem que não têm medo da tirania jurídica”. Também participaram dos protestos os deputados federais Paulo Bilynskyj (PL-SP), Marcel Van Hattem (NOVO-RS), Gustavo Gayer (PL-GO), Bia Kicis (PL-DF), Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e o senador Magno Malta (PL-ES), além da comentarista de política Zoe Martinez, 24 anos.
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O protesto começou às 14 horas e foi marcado por dezenas de milhares de manifestantes. Embora a Polícia Militar (PM) não tenha divulgado os números oficiais, as pessoas ocuparam cerca de três quarteirões da avenida.
O deputado lembrou uma das pautas da manifestação: a memória de Clezão, que “morreu por conta de uma negligência jurídica”, disse Nikolas. “A esquerda faz falsos heróis, mas o Cleriston é um herói de verdade”.
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Ele se referia ao projeto de lei que prevê anistia para os detidos em 8 de janeiro, cujo autor é o senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS). No projeto, Mourão destacou que a proposta não prevê uma anistia ampla aos que participaram dos atos de vandalismo.
Situação da PEC e PL da Anistia depois da manifestação
Os deputados que conversaram com Oeste acreditam que haverá alguma movimentação no Congresso Nacional a partir da demonstração deste domingo. “A população vai pressionar tanto o Projeto de Lei da Anistia quanto a Proposta de Emenda à Constituição que limita os poderes do STF”, afirmou Nikolas.

Segundo a deputada Bia Kicis, o país viu a quantidade de manifestantes na Avenida Paulista. “Um chamamento com três dias de antecedência, vieram pessoas de todo o Brasil para cá”, ressaltou.
Sobre o PL da Anistia, a parlamentar afirma que “nada mais justo que anistia para pessoas que não cometeram crime”, afinal, “terroristas foram anistiados”, apontou Bia, em referência aos anistiados de 1964.
Para o parlamentar Marcel Van Hattem, haverá algum impacto, pois “a I do abuso de autoridade precisa de apenas 17 s neste momento para ser protocolada”, disse.
Zoe Martinez espera que “o Pacheco [Rodrigo, atual presidente do Senado Federal e do Congresso Nacional] continue”. “Muitos ficaram traumatizados, com medo de serem presos”, disse sobre os manifestantes que, neste domingo, estavam em maior número. “Em um domingo, isto aqui [a avenida] estar tão lotada, me lembrou o impeachment da Dilma”, lembrou. “Foram três dias de divulgação.”
Na Paulista, Ricardo Salles ouve apoio para manter candidatura
Durante sua participação no ato de domingo, o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) ouviu apoio dos populares para manter sua candidatura à Prefeitura de São Paulo (SP). Os manifestantes chamaram o parlamentar de “prefeito”.
Como mostrou Oeste, em outubro deste ano, Ricardo Salles anunciou o retorno à disputa pela prefeitura. O deputado decidiu voltar à disputa depois de uma reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro, no fim de setembro, na sede do PL, em Brasília.
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Prezado Deputado ,permita-me discordar ! Por residir em Brasília há 44 anos e ter de conviver com essa corja que é a classe política brasileira ,com poucas e honrosas exceções como o senhor , tenho certeza que o principal medo dos políticos é NÃO ser reeleitos na próxima legislatura ! Eles se viciam em serem sustentados com o suor do nosso trabalho pois não querem trabalhar !
Concordo com o sr. João. O povo na rua não coloca medo nos parlamentares, mas é visto como possível voto. Para alguns parlamentares se não conseguirem se eleger, não sabem fazer mais nada, tornaram o mandato como profissão.