Na vida, existem pessoas e pessoas. Na política, parlamentares e parlamentares. Entre os congressistas, alguns dizem que não fazem objeção a se pôr à disposição para trabalhar de segunda a sexta-feira em sessões plenárias. Outros dizem que as normas atuais são ideais. Justamente por isso, vão monitorar com lupa a reação do eleitorado às votações remotas durante o coronavírus.
Tanto a Câmara quanto o Senado estabelecem em seu regimento interno que as sessões deliberativas transcorrerão às terças, quartas e quintas-feiras — embora às quintas quase nenhum parlamentar permaneça em Brasília. Às segundas e sextas-feiras, os congressistas normalmente am os dias em suas bases, articulam e ficam com a família. É isso que os defensores das normas atuais defendem que continue.
A questão é que o sucesso das votações remotas pode abrir precedentes para que os parlamentares também votem de sua casa ou gabinete. Alguns parlamentares jamais vão itir isso como uma preocupação, mas em conversas mais íntimas, no campo das ideias, há um receio de que o eleitorado pressione por uma jornada de trabalho de segunda a sexta.
O argumento é que eles precisam manter alguns dias para ar com a família e dedicar atenção às bases. Se as votações remotas forem bem-sucedidas, resta saber se o eleitorado vai “comprar” essa ideia ou pressionar por mais votações no “pós-coronavírus”.
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