A Advocacia-Geral da União (AGU) moveu uma Ação Civil Pública contra a Brasil Paralelo. O órgão alega que a produtora divulgou um vídeo com “desinformação” sobre o caso de Maria da Penha. O jurista André Marsiglia, que é especialista em liberdade de expressão, critica a ação. Ele diz que o processo é “inconstitucional” e “censório” e que fere os princípios da gestão pública.
“A AGU é órgão consultivo, não faz parte de suas funções essenciais propor ações judiciais”, escreve o advogado em seu perfil no X. “No mais, o órgão deve defender o Estado, não a biografia de pessoas privadas, como Maria da Penha.”
Ele classifica a alegação do órgão de defender a credibilidade da lei como “totalmente descabida”. Marsiglia alerta para o fato de que “a conduta da AGU de defender interesses de pessoas privadas fere a impessoalidade da gestão pública”.
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O jurista diz ainda que é “censório” o pedido da AGU para que a Brasil Paralelo divulgue um vídeo educativo do Ministério das Mulheres. “Impor conteúdos públicos a empresas privadas interfere na liberdade comercial das empresas e, por isso, é inconstitucional”, conclui.
Ação da AGU contra a Brasil Paralelo
A Brasil Paralelo virou alvo da AGU por causa do episódio da série Investigação Paralela, sobre a história de Maria da Penha, mulher que deu nome à lei contra a violência doméstica no Brasil. No documentário, a produtora abordou a versão do ex-marido, condenado por tentativa de homicídio.
A Ação Civil Pública da AGU pede que a Brasil Paralelo pague R$ 500 mil por danos morais coletivos e publique conteúdo pedagógico e informativo elaborado pelo Ministério das Mulheres sobre o caso Maria da Penha.
“Há uma nítida intenção de gerar descrédito sobre o julgamento, atingindo, primeiramente, a atividade jurisdicional do Estado, além da própria credibilidade do caso que nomeou umas das principais leis de proteção da mulher contra a violência doméstica e familiar, e, consequentemente, de todo um conjunto de políticas públicas que se amparam na referida lei”, diz trecho da ação.
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A ação da AGU também requer que uma nota de esclarecimento do Ministério das Mulheres seja divulgada pela Brasil Paralelo em todas as plataformas onde o vídeo está disponível. Essa nota destaca a condenação do agressor de Maria da Penha e fala sobre a necessidade de proteção às mulheres contra a violência.
“(…) publique conteúdo pedagógico e informativo elaborado pelo Ministério das Mulheres”. Ou seja, a verdade é o que o Estado disser que é. Você deve pensar o que o Estado disser para você pensar. Se não, você é inimigo do Estado, e faremos de tudo pra acabar com você
Assisti à série, muito boa por sinal. Imaginem se todos os filmes e conteúdos tivessem que ter a narrativa dos governos de ocasião. Eles não vivem dizendo que são a favor da arte, arte é para ser criada, inventada com criatividade, o público apenas vê, assiste e interpreta conforme seu alcance intelectual. Nossa liberdade é inegociável!
Mais do mesmo.
Acredito que ouvir os dois lados da história seja importante. Sempre ouvimos o lado da Sra Maria da Penha. Não estou dizendo que ela tenha mentido, digo apenas que temos o direito de ouvir a todos. Se o Brasil Paralelo teve a coragem de fazer um programa com esse testemunho, não deve ser penalisado, juridicamente, por isto. Que seu público e clientes avaliem. Simples assim, deixando claro em cada episódio que as informações são da pessoa e não da empresa Brasil Paralelo. O povo sabe pensar, e se não souber, tem que exercitar a crítica para aprender.
🚨🌈💩 Aparelho excretor não reproduz, Levi Fidelis.
Tudo o que o Brasil paralelo precisa ,isso vai aumentar o alcance das pessoas,e todos tomaremos ciência da fraude .
Absurdo! Ditadura em vigor!