Em meio à mobilização que alcança seu nono dia nesta quinta-feira, 22, servidores do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) decidiram a greve. O movimento, iniciado em 14 de maio, busca pressionar a istração do tribunal para rever o reajuste de 5% anunciado em abril, considerado insuficiente pela categoria.
Na assembleia realizada na Praça João Mendes, no centro da capital, mais de 1,5 mil funcionários participaram, representando pelo menos 49 comarcas, de acordo com a Associação dos Servidores do TJSP (Assetj).
Os funcionários públicos aprovaram a continuidade da greve e marcaram novo encontro presencial para a próxima quarta-feira, 28.
Negociações e reivindicações dos servidores do tribunal

Os representantes sindicais visitaram o Palácio da Justiça para solicitar que a reunião da mesa de negociação, prevista também para o dia 28, ocorra de forma presencial e no período da manhã, em vez de virtual.
Eles foram recebidos pelos juízes assessores André Gustavo Cividanes Furlan e Wagner Roby Gidaro, que prometeram resposta até sexta-feira, 23.
Segundo a Assetj, a categoria acumula perda superior a 30% no salário desde 2002, enquanto os magistrados não enfrentaram reduções. “Nosso poder aquisitivo foi reduzido em um terço e muitos de nós estamos endividados”, afirmou a entidade em carta aberta divulgada em 10 de abril.
A associação também alega disparidade no tratamento entre magistrados e servidores, destacando que o orçamento do TJSP privilegia os juízes, enquanto os funcionários sentem o impacto das perdas inflacionárias de 30,24%.
Pacote de reajustes e reações da categoria
Além do reajuste, os trabalhadores cobram negociação efetiva e realização de concursos para suprir a falta de pessoal.
No total, mais de dez mil cargos estão vagos, o que, segundo a Assetj, compromete o atendimento à população. “Com mais de 10 mil cargos vagos, prejudica o atendimento à população”, explicou a associação.
O pacote de reajustes do TJSP, anunciado em abril, prevê aumento de 5% nos salários iniciais a partir de março de 2025, auxílio-alimentação de R$ 80 por dia e reajuste de 15% nos auxílios creche e para filho com deficiência, além de ajustes em indenizações e salários.
A Assetj considerou as medidas insuficientes e cobra reposição integral de 30,24%, criticando o condicionamento de novos reajustes à reavaliação orçamentária.
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