(J. R. Guzzo, publicado no jornal O Estado de S. Paulo em 4 de junho de 2025)
O Brasil está prestes a se afundar no momento mais baixo jamais vivido pela liberdade de expressão em toda a sua história. O STF e o governo Lula, em parceria fechada, preparam-se para colocar em vigor um sistema de censura mais extenso, pervertido e violento de tudo o que já se fez neste país para impedir que o público diga, leia e ouça o que o Estado não quer que seja dito, lido e ouvido. É disso que se trata, e exclusivamente disso. Todo o resto é um oceano de mentiras, de hipocrisia e de trapaça com os fatos.
O período mais infame de censura que o Brasil já sofreu até agora foi o da ditadura militar encerrada 45 anos atrás. O Estadão, naqueles dias de treva, foi um dos mais agredidos pela violência então em vigor. O atual regime STF-Lula pretende fazer pior. A censura dos militares visava apenas os jornalistas. A censura que querem agora se destina a calar a voz de dezenas de milhões de brasileiros que se manifestam e se informam nas redes sociais — a maior conquista que a tecnologia já ofereceu para a livre circulação da palavra ao longo da história humana.
+ Leia notícias de Politica em Oeste
A censura do regime ora em vigência se fundamenta numa mentira visceral e hipócrita — a de que as redes sociais são uma “terra de ninguém”, sem leis e sem regras, entregue à desordem e à exploração de multinacionais que visam “apenas o lucro”. A internet, de fato, é operada por companhias estrangeiras privadas que buscam o lucro. E daí? O que o STF e a AGU de Lula queriam — que elas buscassem o prejuízo? Mas é uma falsificação em estado bruto dizer que a internet é um território sem lei e que precisa, assim, submeter-se à regulamentação por parte do poder público.
O que ocorre no mundo dos fatos é exatamente o contrário. As redes sociais no Brasil estão perfeitamente sujeitas a regras legais há 11 anos, desde 2014, pelo Marco Civil da Internet — por sinal, um dos mais respeitados do mundo. Lei existe, portanto, e lei muito boa. O que não existe é disposição do STF, de Lula e da extrema esquerda de obedecer ao que está escrito ali. Eles não gostam da lei; como não gostam dessa, querem outra. “Regulamentar para preencher vazios”? Já há regulamento. Não há vazio nenhum a ser preenchido.
Se a mudança fosse uma decisão do Congresso Nacional, tudo bem. Mas não é. Aliás, o Congresso não quer mudar a lei que está valendo. O que estão querendo, na verdade, é ar por cima dos representantes do povo e escrever, eles próprios e do jeito que querem, a sua lei. Isso é contra a Constituição Federal; normalmente chama-se “desordem”, ou “golpe”. Mais ainda, se os deputados e senadores não estão aprovando uma nova lei para a internet é porque não querem; eles não têm a menor obrigação de fazer as coisas na hora que o regime escolhe.
O que diz o plano do governo Lula
A falsificação master, entretanto, está na desculpa jurídica que estão usando para aprovar a regulamentação das redes. O que estão pedindo, e que o STF está querendo, é que o artigo 19 do Marco Civil da internet seja declarado “inconstitucional” pela “suprema corte”, como diz Lula quando se imagina na Casa Branca. E o que diz o artigo 19? Que as plataformas só estão legalmente obrigadas a retirar coisas postadas nas redes quando uma decisão judicial ordenar que retirem. De que jeito poderia ser “inconstitucional” um artigo de lei como esse? Como poderia ser contrário à Constituição estabelecer que casos de litígio ou discordância devem ser decididos pela Justiça brasileira?
É uma aberração. Ao declarar o artigo 19 como inconstitucional, o Supremo Tribunal do país estará dizendo, na prática, que no Brasil há casos, como a retirada de conteúdos da internet, que não podem ser submetidos à sentença judicial. Quem vai decidir a questão é alguma das muitas polícias que o PT e seus agregados mantêm de alto a baixo no aparelho estatal. Quando quiserem retirar uma postagem do ar, porque alguém no governo não gostou dela, vão mandar que as plataformas retirem — se não obedecerem no ato, vão ser multadas pelo PT, e não por um membro do sistema judicial brasileiro.
Isso se chama censura; podem ar o resto da vida dizendo que é “regulamentação das redes sociais”, “defesa da verdade” ou “avanço do progresso civilizatório”, mas é censura das brabas. Claro que é. Ninguém acredita que o novo “marco civil” do STF tenha o propósito, como dizem Lula, Janja etc., de “salvar as crianças” dos males da internet — nem as crianças. Por que eles todos e a AGU nunca, jamais, em tempo algum, acionaram a Justiça para pedir que fossem retiradas do ar, por exemplo, postagens feitas por pedófilos, ou outros malfeitores abjetos?
Justificativas falsas
Também não há nenhuma preocupação, como falam o tempo todo, em coibir o “discurso do ódio”, as fake news ou a circulação de mentiras. Como alguém poderia levar a sério essa conversa se o próprio Lula é hoje, pelo mero exame do que ele fala, quem mais odeia, espalha notícia falsa e mente neste país? Ninguém, nem no governo, nem no STF e nem no PT, está interessado em proteger criança nenhuma. O que eles querem é que não falem na internet da infame tentativa de policiar o Pix, que foi a pique quando a indignação da massa explodiu nas redes — só um vídeo do deputado Nikolas Ferreira teve 300 milhões de os. Não querem que se fale que Janja viajou para a Rússia, sozinha, num avião da FAB com capacidade para 200 pessoas. Não querem que se fale do roubo no INSS, nem nos Correios, nem na Lei Rouanet.
O ministro Haddad, inclusive, já disse que divulgar notícias capazes de desmoralizar “atos do Estado” é “crime”. A cada escândalo, a AGU sai atrás de quem está falando do assunto nas redes; já virou uma atividade de tempo integral. Janja pediu que presidente da China ordenasse alguma punição ao TikTok — não por matar crianças, mas por ser, segundo ela, “de direita”. Lula, por sua vez, quer que Xi Jinping mande “um funcionário de sua confiança” ao Brasil para ajudar o governo na “regulamentação” das redes sociais. É esse o “modelo democrático” que Lula tem para a internet brasileira — o modelo chinês.
Como alguém pode falar a palavra democracia e, ao mesmo tempo, propor que as redes sociais no Brasil façam como se faz na China? É nisso que eles estão pensando o tempo todo — falam em Alemanha, França e outras miragens, mas o que gostam, mesmo, é de uma boa China. Tudo só fica pior quando alegam que a liberdade de expressão está sendo preservada, porque a censura (“controles”, dizem no eixo STF-Lula) não vai se estender ao que chamam de “imprensa regular”, ou “tradicional”. Não existe palavra livre se a liberdade é para uns e não para outros. Ou é para todos — ou não é nada.
Leia também: “A censura bate à porta”, reportagem de Cristyan Costa publicada na Edição 271 da Revista Oeste
E nada acontece. E quem devia fazer acontecer, está submisso ao foro privilegiado.
Excelente artigo, igual sempre! Infelizmente triste realidade na bananolândia…
E por que não aproveita já que tem um parlamento de 450 ladrões emendados com o orçamento apoiando, e muda o nome desse país socialista de fundo de quintal, para República Democrática Popular Brasil-china
O silêncio é ensurdecedor…!
Aguardando os comentários sempre cordiais, ponderados e construtivos dos progressistas moralmente superiores, como Roubervaldo, o mentiroso, Léo, Antônios, Filipe, Dkw e outros que insistem em querer doutrinar todos que discordam da sua visão de mundo, sem reconhecer os próprios gigantes equívocos e de seus políticos de estimação que momentaneamente têm poder e corroem a democracia para se eternizarem.
Pessoalmente, tenho curiosidade para saber como vai ser quando os ventos mudarem – e eles insistem em mudar, sempre…
Um verdadeiro absurdo diante dos nossos olhos e a ” casa do povo ” não mexe uma palha . Safra de politicos infames . Um povo anestesiado por sua propria imbecilidade . Sistema educacional perverso e excludente na sua estrutura . Algum artista nula época nao muito distante berrou aos quatro ventos que ” É PROIBIDO PROIBIR ” . Por que se escondem nesse momento que novamente necessitamos desse ímpeto dessa classe . Abondonaram a verdade , o povo e com certeza muitos que os iravam . Pobre Brasil . Pobre pivo brasileiro .
Quanta balela e desinformação. O STF, acertadamente, vai anular o artigo 19 do marco civil por inconstitucionalidade e voltará para o legislativo. Só isso. O STF apenas não aceita um artigo inconstitucional. Quinta balela num artigo. Escreve bem mas como escreve mentiras, minha nossa.
Com desinformaçao é como são tratados os fatos hoje no Brasil . Nitidadente uma arma maldita dessa facçao . Senssaçao péssima do que estamos prestes a viver nesse país . Ditaduras são por sí só terríveis , imaginem uma tupiniquim …. muito triste ver tudo isso acontecendo . Nenhum alarde por uma mídia que já foi séria . A classe artistica completamente calada , muda .
Roubervaldo, Roubervaldo, o mentiroso contumaz de sempre! Sabe de nada, inocente!! E quando não são mentiras, são sofismas…
Vão derrubar o 19 e jogar para as plataformas a nova responsabilidade criada – ainda que temporária – sob ameaça de multas, bloqueios e etc. Para não correr riscos, as plataformas muito provavelmente arão a fazer uma censura/moderação/regulação mais ativa e se livrar de tudo que possa comprometê-las, incluindo qualquer coisa que possa desagradar o eixo do regime esquerda-Lula-STF, pelo tempo que o nosso Legislativo (que já havia decidido sobre isso) levar para tomar alguma nova providência a esse respeito…
Olha o argumento do Ralf. As big techs vão fazer uma “censura/moderação/regulação mais ativa para que não possa compromete-las”. Kkkkkkk ou seja, vão começar a trabalhar para tirar do seu domínio tudo aquilo que é crime? 😂😂😂😂😂😂😂 Mas não é isso que se chama responsabilidade? O cara se contradiz em tudo. 😂😂😂😂
O Ralf acabou de afirmar que as big techs estão pouco de ferrando para os crimes que ocorrem nas suas redes e que, sem o artigo 19, sabendo que serão responsabilizadas por esses crimes, vão agir mais para evita-los em suas redes sem precisar que recorram a justiça. Ou seja, é exatamente a inconstitucionalidade que existe no artigo 19 e que o STF já viu. 😂😂😂😂😂😂 O cara quer falar bonito e afirma que as big techs são responsáveis pelos crimes em suas plataformas mas são protegidas pelo artigo 19, que é inconstitucional. 😂😂😂😂😂 Parabéns, Sherlock.. 😂😂😂😂😂😂
Negativo, bebê!
Vc é que quer se fazer de desentedido, como sempre!
É o STF querendo transferir aos outros as suas atribuições. Independente do que acontecer…
Querem censura, sim, da forma como lhes convém, sob ameaças, mas nao querem ficar com as mãos sujas, imbecil!
Precisa desenhar? 🖕🏿
Burrerval CÚry, não adianta usar seu crack e achar que fica inteligente com sua piração noiáda… Sua acefalia é tão evidente que, nem sente mais dor de tanta paulada que leva, tanto aqui nas respostas aos seus relinchos, quando literalmente no seu orifício anal. Igual todos Esquerdotários são! Seu filho de Janja!
Não adianta espernear nem dar chilique: o Artigo 19 do Marco Civil da Internet não tem nada de inconstitucional. A acusação de inconstitucionalidade é apenas uma desculpa para implementar censura. Discordar disso é sinal claro de má-fé …
O artigo garante o equilíbrio entre a liberdade de expressão e a proteção de direitos, ao exigir ordem judicial para a remoção de conteúdos por plataformas. Isso não fere o o à justiça – pelo contrário, reafirma que apenas o Judiciário pode decidir o que deve ou não ser removido, evitando censura privada.
As alegações de violação à dignidade da pessoa humana ou à proporcionalidade são outro indício de mau-caratismo. O artigo protege a todos, inclusive as vítimas, dentro do devido processo legal. Se há demora na resposta judicial, o problema está na celeridade da Justiça – e não na lei. A solução não é enfraquecer garantias constitucionais, mas sim fortalecer o Judiciário.
Tente novamente, mas desta vez sem repetir as canalhices de quem quer censura para evitar a derrota em 2026.