A catarinense WEG quer atender cada vez mais à demanda em veículos elétricos, incluindo caminhões e ônibus. É esse o seu plano central de investimento de R$ 660 milhões para ampliar a capacidade de produção do parque fabril em Jaraguá do Sul, norte de Santa Catarina. O anúncio da semana aumentará em 25% a capacidade produtiva da empresa catarinense. Hoje, ela produz quase 2 milhões de motores. Serão gerados com esse valor 800 novos empregos.

Fábrica de bilionários
Maior fabricante de motores elétricos do mundo, a WEG foi a empresa brasileira que mais produziu bilionários nos últimos anos. De acordo com a revista Forbes, foram 29 bilionários oriundos dos lucros da empresa fundada em 1961 pelo trio Werner Voigt, Eggon da Silva e Geraldo Werninghaus. Em setembro de 2021, um dos herdeiros comprou a mansão da Xuxa na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, por R$ 45 milhões.

O novo bi da praça
A família ganhou outro bilionário em julho: é Lucas Demathe da Silva, 28 anos, filho que só foi reconhecido após a morte de Eggon da Silva, aos 85 anos, em 2015. Lucas vai receber R$ 1 bilhão, depois de ter sido encerrado o litígio em que enfrentou cinco herdeiros de Eggon. Desde a morte do fundador, o inventário não havia sido concluído, pela guerra judicial.
O rugido do Leão
Mesmo tendo sido escolha pessoal de Sérgio Rial, o presidente do banco Santander, Mário Leão, tem feito uma gestão radicalmente oposta à do antecessor. Leão é adepto de ouvir praticamente todas as áreas e os profissionais envolvidos para só depois bater o martelo para as decisões, o que muitas vezes leva tempo. Rial é um trator: sempre foi conhecido pela rápida tomada de decisões para todo e qualquer caso que chegasse a sua mesa.

Mergulho na big data
A brasileira Semantix, empresa de software especializada em dados e inteligência artificial, foi a primeira companhia totalmente de tecnologia no país a chegar à Bolsa da Nasdaq. Reservou para a terça-feira 4 o hotel Tivoli Mofarrej, em São Paulo, para um mergulho sobre dados e inteligência artificial para o público em geral. A abertura do evento será com o fundador da empresa, o paulistano Leonardo Santos. Santos, aliás, avalia novas aquisições nos próximos meses. A primeira delas, pós-Nasdaq, foi a startup do setor de saúde Zetta Health Analytics. A receita da Semantix para o ano deve alcançar R$ 290 milhões.

A gestão de um hotel
Com a retomada do turismo no mundo, a Hotelaria Brasil — que istra hotéis de redes como Hilton e Wyndham — acaba de lançar a marca Unna Hospitality. O objetivo é treinar e gerir hotéis pelo país — desde cobrar um preço de tarifa compatível com o mercado até acelerar a transformação digital de unidades por todas as regiões do Brasil.
20 milhões de garrafas
Maior varejista de vinhos no Brasil, a Víssimo deve fechar o ano com a venda de 20 milhões de garrafas de vinhos em 2022. O grupo — formado pela fusão das marcas Evino e Grand Cru — espera faturar R$ 800 milhões em 2022 a partir dos 1,5 mil rótulos atualmente no portfólio.

Vinho fora da curva
O CEO da Víssimo, Alexandre Bratt, crê que o mercado de vinhos vai se normalizar em 2022, depois de dois anos com vendas altíssimas, consideradas fora da curva. “O vinho foi a bebida da pandemia”, resume Bratt. “É claro que a pandemia impulsionou o mercado. Muita gente cozinhando e consumindo mais vinhos em casa. Tivemos um crescimento de 60% no consumo de vinho em 2020 e 2021.” O executivo ressalta que o relacionamento do brasileiro com a bebida começou a mudar a partir de 2014, com altas nas vendas de 15% a 20% ao ano, bem acima da média mundial.

Quem bebe mais?
Com 600 funcionários, o Víssimo terá 150 lojas físicas até dezembro em vários cantos do país. O foco digital é visto como prioridade. Conhecimento eles têm: a Evino é o maior e-commerce do setor na América Latina, enquanto a Grand Cru é a principal importadora e distribuidora de vinhos do país. Quem bebe mais vinho no Brasil? “Na Grand Cru, as mulheres são as maiores compradoras”, responde Bratt. “Na Evino, quem mais compra são os homens.”
A uva argentina
E qual é a uva preferida do brasileiro? “Malbec argentina, seguida da cabernet sauvignon”, diz Bratt. Ele vê, porém, um aumento na compra do rosé. “Há cinco anos, a gente nem via o rosé no mercado. Isso mudou. Ele cresce até três vezes mais que o mercado. Tem a ver com a temperatura em muitas regiões do país, mas principalmente com uma mudança do perfil do consumidor. Ele era muito conservador, mas agora o brasileiro está cada vez mais ousado.”
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