Agora, sim, habemus papam que defende a liberdade de expressão. Ave Leão XIV! O novo papa, na sua primeira fala num auditório, disse que jornalistas presos “desafiam a consciência das nações e da comunidade internacional” e que todos estamos convocados a defender “o precioso valor da liberdade de expressão”. Leão XIV lembrou que somente pessoas informadas podem tomar decisões livres. Parecia estar falando para o Brasil, ou para os aliados anti-Ocidente com quem Lula acaba de se jungir e que também prendem, perseguem jornalistas e tentam censurar a nova voz do povo, que são as redes sociais. Janja bem que tentou censurar o TikTok pela raiz chinesa, mas só conseguiu causar constrangimento e irritação em Xi Jinping, segundo relato de um integrante da delegação brasileira.
O papa também tocou num ponto importante ao se dirigir aos jornalistas: “Nunca nos rendamos à mediocridade”. Nossa ferramenta principal é a língua portuguesa, e noto como estamos sendo medíocres em nossas falas e textos, talvez influenciados pela vulgaridade que tanto aparece nos três Poderes, desde o “perdeu, mané, não amola!”, ando pelo casal presidencial, e terminando em recente comissão do Senado que tratou de apostas (por aqui aplicamos o inglês “bets“). O papa é um agostiniano, um missionário. É uma volta a João Paulo II, que conheceu na carne o comunismo e o venceu, junto com Reagan.
Éramos aliados dos Estados Unidos, do Ocidente. Inclusive na guerra contra o Eixo nazifascista. Os americanos foram os primeiros a reconhecer nossa independência. Hoje, Lula e Celso Amorim nos levam para o eixo comunista Moscou-Pequim, o que já havia sido tentado em 1961, quando o vice presidente João Goulart voou para a China. Quando voltou, o Brasil era outro. O presidente havia renunciado, e Goulart só tomou posse em outro regime, parlamentar, ficando como chefe de Estado enquanto havia um chefe de governo. Lula voou para Moscou e foi para a China e, quando voltar, o Brasil também será outro. Após 64 anos, a história parece se repetir em alguns aspectos. Enquanto Lula voava, a embaixada Argentina em Caracas, com a custódia da bandeira brasileira, era alvo de uma exitosa operação que retirava de lá refugiados do regime de Maduro. No Brasil, ampliava-se o escândalo da Previdência, com cada vez mais envolvidos, exigindo uma I. E se aprofunda o entrechoque entre Legislativo e Judiciário, mostrando uma corda esticada prestes a arrebentar.

Lula, mais por desconhecimento que por ideologia — esta privativa de Celso Amorim —, em Moscou jungiu o Brasil ao eixo político de Putin e em Pequim juntou o Brasil ao eixo econômico da China. Uniu-se ao grupo que não pode ser chamado de democrático, além disso antiamericano e anti-Ocidente, a que de fato já se havia agregado ao reconhecer, calando, o golpe eleitoral de Maduro e, por preferências pessoais, as ditaduras de Cuba e da Nicarágua. Pouco antes da viagem rumo aos antiocidentais, Lula ainda mandou resgatar a corrupta primeira-dama do Peru, para que ela não revelasse o que foi tramado para que a Odebrecht enchesse mochilas de dinheiro para a campanha de seu marido, Ollanta.
Supostamente, quem votou em Lula para este terceiro mandato o conhece amplamente, depois de oito anos de Presidência, com Mensalão e Lava Jato. Ou está alienado dos fatos ou é fiel seguidor da ideologia que Lula representa, embora ele só tenha sua própria visão de fazer política e istrar. Parte de seus seguidores se movem por fidelidade dogmática, questão de fé quase religiosa. Qualquer eleitor poderia saber que se repetiria no terceiro mandato o que já havia acontecido no primeiro e no segundo, como o derretimento dos Correios. Como o escorpião da travessia do rio com o sapo, a criatura não contraria sua natureza. Além de chamados a pagar todos os gastos do Estado que não se traduzem em bons serviços públicos, os brasileiros são agora atraídos para o eixo Moscou-Pequim.
Adaptando-se a esse eixo, por aqui se tenta calar as redes sociais, última voz da origem do poder, que é o povo. Lula chega a apelar a Xi Jinping, com a argumentação de Janja, por uma censura específica à direita no TikTok. Chegou a confessar que pediu que Xi Jinping mandasse ao Brasil um agente chinês para avaliar a censura que precisa ser feita. Incrível. A desesperança é tanta que se almeja por ações punitivas de Washington. Mas agora surge um reforço, no Vaticano: o papa missionário. Leonardo Boff não gostou dele, e isso é um bom sinal. Mas a maioria dos cardeais rapidamente o elegeu para resgatar a Igreja e os valores do Cristianismo. A fumaça branca que o anunciou jamais será vermelha.

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Esplêndido artigo caro Alexandre Garcia.
Alexandre Garcia, obrigado por compartilhar conosco suas experiências.
Maravilha Alexandre Garcia: ” a fumaça branca jamais será vermelha”. Exatamente isso
Jamais será.
voce é dez! Alexandre Garcia,,,