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Edição 271

A verdadeira ciência contra-ataca

Governo Trump lança uma bomba na máfia do politicamente correto e da anticiência ao mudar as regras de recomendação da vacina contra a covid-19

Nesta semana, o secretário de Saúde americano Robert F. Kennedy Jr., sob a istração de Trump, jogou uma bomba na máfia do politicamente correto e da anticiência: a vacina contra a covid-19 não faz mais parte do calendário de imunização recomendado pelo CDC para crianças saudáveis e mulheres grávidas saudáveis nos Estados Unidos. Como os americanos dizem: “Enough is enough”.

Isso não é um ajuste — é uma revolta total contra o dogma das vacinas que dominou a saúde pública por anos. Kennedy, um crítico feroz de mandatos, chamou isso de retorno à “medicina baseada em evidências”, argumentando que os riscos das vacinas contra a covid-19 para grupos de baixo risco superam os benefícios. 

Robert F. Kennedy Jr., o novo secretário de saúde dos Estados Unidos | Foto: Reprodução/Redes sociais
Robert F. Kennedy Jr., secretário de Saúde dos Estados Unidos | Foto: Reprodução/Redes Sociais

A população americana, tão apaixonada pela independência de seu povo em todas as esferas da vida, vibrou ao chamar a medida de “vitória pela liberdade” e um tapa na cara da big pharma. Os críticos, claro, surtaram. Agarrando-se aos bordões já desbotados com a falta de evidências científicas, eles seguem aos berros alertando sobre cenas apocalípticas. 

No entanto, para quem está farto de políticas únicas para todos, isso foi um sopro de realidade.

Por que isso é enorme? Porque é ciência bem-feita — dados acima de dogmas, fatos acima do medo. A decisão ignora o Comitê Consultivo em Práticas de Imunização (ACIP), que geralmente carimba esses calendários, sinalizando disposição para desmontar vacas sagradas burocráticas. 

O argumento de Kennedy se baseia em evidências: eficácia decrescente da vacina, efeitos colaterais raros mas sérios, como miocardite em jovens, e o poder da imunidade natural em crianças saudáveis. A Organização Mundial da Saúde credita às vacinas a salvação de 150 milhões de vidas em 50 anos, mas o time de Kennedy rebate que o perfil de risco da covid-19 para crianças e grávidas não justifica mandatos amplos. Isso não é pouco, é uma mudança sísmica.

E, para que esse terremoto acontecesse, aqui entra o Dr. Jay Bhattacharya, professor de Stanford e coautor da Declaração de Great Barrington, agora indicado para liderar os Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês). Um herói aos olhos de quem segue a lógica, Bhattacharya personifica a verdadeira ciência — fatos, dados e preocupação genuína com as pessoas.

Em outubro de 2020, quando lockdowns esmagavam vidas e meios de subsistência, Bhattacharya, ao lado de Martin Kulldorff, de Harvard, e Sunetra Gupta, de Oxford, escreveu a declaração. Era um chamado à “proteção focada”: proteger grupos de alto risco, como idosos e pessoas com comorbidades, enquanto deixava pessoas de baixo risco — crianças saudáveis, jovens adultos — viverem normalmente para construir imunidade de rebanho por infecção natural. Por quê? Porque a taxa de mortalidade por covid-19 era muito maior em idosos, com crianças enfrentando risco quase nulo de desfechos graves.

A Declaração de Barrington, com quase 1 milhão de s, não era só uma proposta de política; era uma rejeição ao grupo pensante politicamente correto. O Dr. Jay e seus colegas argumentaram que lockdowns eram uma bola de demolição — destruindo a saúde mental, adiando rastreios de câncer, reduzindo vacinações infantis e arrasando economias. Dados os apoiavam: estudos posteriores mostraram que lockdowns tiveram impacto limitado na propagação viral, mas causaram danos colaterais massivos. Bhattacharya apontou para a Suécia, que evitou lockdowns rigorosos e teve resultados comparáveis a nações altamente restritas. Mas o establishment e a máfia farmacêutica não quiseram saber. O então diretor do NIH, Dr. Francis Collins, rotulou a Declaração de Barrington de “perigosa” e seus autores de “epidemiologistas marginais”. O chefe da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, chamou a imunidade de rebanho por infecção natural de “antiética”. Uma carta na Lancet, assinada por 80 pesquisadores, a classificou como “falácia”.

E a turba atacou. Bhattacharya enfrentou censura implacável, com plataformas de mídia social limitando suas postagens e alunos desmiolados pedindo seu afastamento em Stanford. Ele venceu uma decisão judicial federal em 2023 e expôs como a istração Biden coagiu gigantes da tecnologia a silenciá-lo. Elon Musk o convidou pessoalmente à sede do X para investigar a extensão da supressão. Cientistas verdadeiros como Bhattacharya foram abafados pelo dogma politicamente correto, suas vozes foram soterradas por narrativas movidas a medo. Mas ele não cedeu. Em 2023, até Collins itiu que o establishment foi “estreito demais” ao focar apenas em salvar vidas a qualquer custo — um aceno relutante à visão de Bhattacharya.

Agora ele está de volta com fatos, dados e uma missão de restaurar a confiança dos americanos na ciência.

Make America Healthy Again: a revolução de Kennedy

A agenda de Kennedy “Make America Healthy Again” (MAHA), com Bhattacharya como aliado-chave, é um ataque total ao sistema falido. MAHA não é só sobre vacinas; é uma guerra contra doenças crônicas, o domínio regulatório e a big pharma. O plano de Kennedy é ousado:

  • Banir aditivos alimentares nocivos: atacar milhares de químicos ligados à obesidade e a outras doenças.
  • Reformar agências de saúde: reestruturar o NIH, com Bhattacharya impulsionando pesquisas de padrão-ouro.
  • Promover estilos de vida saudáveis: reformar merendas escolares e lançar campanhas de saúde pública.
  • Desafiar a ortodoxia das vacinas: revisar dados de segurança e acabar com mandatos que minem a confiança.

O ceticismo de Kennedy sobre vacinas, embora polêmico, vem da crença de que agências como o CDC são muito próximas das farmacêuticas. Há declarações polêmicas de Kennedy para quem não gosta de debates, e ele insiste que é pró-ciência, não antivacina. Em uma audiência no Senado em maio de 2025, ele esquivou-se de conselhos pessoais sobre vacinas, dizendo: “Minhas opiniões são irrelevantes”. O rigor baseado em dados de Bhattacharya equilibra o estilo incendiário de Kennedy, prometendo um NIH focado na verdade, não na política. Os americanos estão celebrando a mudança no CDC como proteção às crianças contra vacinas “experimentais”. O movimento MAHA é um farol de esperança — uma chance de priorizar evidências e reconstruir a confiança.

A vergonha de Santa Catarina: coerção, não ciência

No Brasil, a corrente é oposta. O Estado de Santa Catarina está dobrando a aposta em uma política ruim. Apesar do ceticismo global crescente sobre vacinas contra a covid-19 para grupos de baixo risco, eles estão exigindo vacinas para bebês e crianças pequenas, ameaçando pais com multas ou ações legais. Isso não é ciência, é coerção pura. 

O risco da covid-19 para bebês saudáveis é insignificante, com estudos mostrando mortalidade quase nula nesse grupo. Forçar vacinas com dados limitados de segurança no longo prazo para crianças, especialmente quando a imunidade natural é robusta, é uma tomada de poder disfarçada de saúde pública. Os mandatos de vacinas no Brasil já enfrentaram resistência legal, com pais argumentando que violam a autonomia corporal. A política de Santa Catarina, implementada contra a maré de evidências que questionam vacinas pediátricas contra a covid-19, cheira ao pânico exagerado de 2021. É o oposto da abordagem de Kennedy, que aposta em transparência e recomendações personalizadas.

Imposição da Justiça reacende polêmica sobre a interferência do Estado na autonomia das decisões familiares | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
Imposição da Justiça reacende polêmica sobre a interferência do Estado na autonomia das decisões familiares | Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

Chega de seguir o politicamente correto! As táticas de Santa Catarina minam a confiança e provam que coerção não é ciência — é controle. Enquanto autoridades de saúde do Brasil dizem que estão protegendo os vulneráveis, os dados não sustentam a relação risco-benefício para crianças pequenas saudáveis. É um contraste gritante com a boa ciência que defendemos, em que reinam fatos e escolhas individuais.

Kennedy e Bhattacharya estão reescrevendo as regras, e a mudança no calendário do CDC é só o começo. O legado da Declaração de Great Barrington — questionar dogmas, equilibrar riscos e priorizar dados — vive no trabalho deles. Durante a pandemia, cientistas verdadeiros como Bhattacharya foram silenciados por uma multidão embriagada por uma agenda politicamente correta. Agora ele está de volta, armado com a verdade. O movimento de Kennedy é um chamado às armas, uma chance de fazer a ciência servir à humanidade, não ao poder.

O erro de Santa Catarina mostra até onde alguns vão para manter o controle, mesmo quando as evidências dizem o contrário. Mas a maré está virando. Enquanto lutam por uma América mais saudável e livre, Kennedy e Bhattacharya provam que a boa ciência não se curva à multidão. Ela contra-ataca — com a verdade.

A era do slogan “ciência, ciência, silêncio!” acabou.

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1 comentário
  1. RODRIGO DE SOUZA COSTA
    RODRIGO DE SOUZA COSTA

    Tornar a população saudável é ruim para alguns laboratórios e grandes produtoras de junk food.

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