A alta dos juros e a quebra de safra começam a criar sérios problemas no agronegócio. Segundo dados da Serasa Experian, a inadimplência do produtor rural pessoa física chegou a 7,6% ao fim de 2024, alta de 0,8 ponto porcentual em relação a 2023. O indicador vem subindo nos últimos anos, pois era 5,9% em 2021.
Além do descumprimento das pessoas físicas, as recuperações judiciais também estão aumentando, com uma alta de 138% registrada em 2024, que atingiu principalmente os grandes produtores rurais, com 10,2% das inadimplências.
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Previsão de alívio
As previsões de safras para este ano poderão melhorar a situação financeira dos produtores rurais.
Segundo dados da consultoria Datagro, a safra de milho 2024/25 no Brasil deverá chegar a 132,7 milhões de toneladas. Uma alta de 0,7% na comparação com a previsão do mês anterior.
A safra de soja 2024/25 também está prevista em alta de 0,4%, chegando a 172 milhões de toneladas.
Segundo a Datagro, mesmo com o aumento da produção, a expectativa é de que a demanda supere a safra brasileira em 2,3 milhões de toneladas, diante do aumento do consumo pela indústria de etanol de milho e do setor pecuário.

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Todo mundo quer um consórcio
O setor de consórcios no Brasil está crescendo a todo vapor.
Segundo dados da Associação Brasileira de as de Consórcios (Abac), os primeiros três meses de 2025 foram os melhores dos últimos 20 anos, com 1,23 milhão de cotas vendidas. Uma alta de 26% na comparação com o ano anterior.
Os créditos comercializados subiram 36,4% na comparação com 2024, chegando a R$ 105,38 bilhões.
O tíquete médio também subiu, chegando a R$ 85,1 mil, um reflexo do aumento do poder de compra e da confiança dos brasileiros.
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Embracon surfando na onda
Entre as empresas que estão se beneficiando dessa expansão do setor está a Embracon, que registrou o melhor resultado de sua história nos primeiros quatro meses de 2025.
A a de consórcios obteve um crescimento recorde em seu faturamento entre janeiro e abril, e alcançou a marca de R$ 11 bilhões. Um resultado que representa uma alta de 61% em comparação ao mesmo período de 2024.
Para o final do ano, o objetivo da empresa é alcançar R$ 29 bilhões em faturamento.

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Novos leilões de petróleo à vista
O governo brasileiro poderá realizar ainda neste ano o primeiro leilão de áreas petrolíferas em produção não contratadas no pré-sal.
O governo já enviou ao Congresso Nacional um projeto de lei que autoriza a venda de petróleo por parte da estatal Pré-Sal Petróleo S/A, inclusive de áreas “não contratadas” na região do pré-sal. Entre as áreas potencialmente envolvidas estão os campos de Tupi, Mero e Atapu.
O objetivo da operação seria aumentar a arrecadação federal. Segundo o Ministério da Fazenda, é prevista uma geração de receita de cerca de R$ 15 bilhões.
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Preço dos combustíveis pode cair
Os preços da gasolina, do diesel e do querosene de aviação (QAV) estão abaixo da paridade de importação e podem cair ainda mais, dependendo da cotação do petróleo.
Segundo a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, os valores atuais estão em patamares “confortáveis” e a estatal avalia o mercado quinzenalmente.
Desde 1º de abril, o diesel já teve três reduções, acumulando corte de R$ 0,45 por litro. Com o petróleo Brent cotado em torno de US$ 65, bem abaixo do pico anual de US$ 82 em janeiro, e o dólar também mais estável, abaixo de R$ 6.

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Sauditas de olho no Brasil
O gigante petrolífero saudita Saudi Aramco está avaliando investimentos no Brasil.
A estatal árabe está atualmente presente no país com uma pequena operação de lubrificantes, mas já chegou a sondar a aquisição de ativos da Petrobras e estuda a compra da Braskem.
A Saudi Aramco quer continuar com foco no setor de energia e poderia aproveitar o momento do real depreciado para entrar de vez no mercado brasileiro.
A empresa acaba de comprar a Primax, rede peruana de postos de combustíveis, por US$ 3,5 bilhões. Uma operação que fez muita gente pensar em uma possível compra da Vibra.

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O tempo das mansões
O mercado brasileiro de imóveis de luxo cresceu 46,1% em 2024, chegando a um Valor Geral de Vendas (VGV) de R$ 38 bilhões.
Segundo dados da Brain Inteligência Estratégica, o crescimento reflete uma demanda cada vez mais exigente. Os clientes privilegiam imóveis de R$ 2 milhões ou mais com localização privilegiada, conforto, inovação e, agora, compromisso ambiental.
O reaproveitamento da água da chuva, tratamento de água com ozônio, isolamento acústico com materiais reciclados, fachadas duráveis e infraestrutura para automação se tornaram parte do padrão em muitas construções desse mercado.
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JBS investe nos EUA
Mesmo sendo (ainda) uma empresa brasileira, o principal mercado da JBS hoje já são os Estados Unidos. E a multinacional anunciou um novo plano de investimentos de US$ 135 milhões para construir uma fábrica de produção de salsichas na cidade de Perry, Iowa.
Com a nova planta, a JBS criará 500 vagas diretas e 250 indiretas na construção civil local. O início das operações está previsto para o segundo trimestre de 2026, com uma capacidade produtiva de cerca de 60 mil toneladas de linguiça e processamento de 500 mil suínos.
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Brasileiros comprando mais
O consumo de lares brasileiros em supermercados cresceu 1,25% em abril na comparação com mesmo mês do ano ado.
Segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras), esse foi o segundo mês consecutivo de alta, já que em março o consumo havia crescido 6,96% ante fevereiro.
Os primeiros dois meses do ano tinham sido muito negativos, com um tombo de 11,51% em janeiro e uma queda de 4,25% em fevereiro.
Os preços também subiram. No mês ado, a chamada “Cesta Abrasmercado”, que reúne 35 produtos de grande consumo pelos brasileiros, chegou a R$ 819,20, uma alta de quase 11% em relação ao valor registrado um ano antes.

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Ótimas notícias. Brasil caminhando de vento em poupa. Pelo jeito Governo Lula está acertando.