Nas últimas semanas, os protestos contra a Agência de Imigração e Alfândega dos EUA (ICE, na sigla em inglês) — os quais, assim como eram descritos os black blocs, “começaram pacíficos” — degeneraram em verdadeira insurreição urbana. Em Los Angeles, manifestantes ergueram barricadas, incendiaram veículos (incluindo táxis autônomos da Waymo), lançaram coquetéis molotov, pedras e obstruíram rodovias, enquanto dezenas de prédios federais eram pichados e saqueados.
Diante do caos, Donald Trump decretou o envio de 4 mil guardas nacionais e 700 fuzileiros navais à região metropolitana. Foi a primeira vez, desde 1965, que tropas federais ocuparam o solo californiano sem o aval do governador — e já começaram a produzir resultados: mais de 330 imigrantes ilegais, com agens por homicídio, estupro e tráfico humano, foram detidos durante as operações.
Enquanto o governo federal agia, o prefeito de Los Angeles e o governador Gavin Newsom classificavam o reforço armado como “autoritário” e “intimidatório”. Vale lembrar que essas mesmas lideranças haviam se omitido quando a cidade foi tomada por arrastões, depredações e carreatas obstrutivas. Acordo fácil com o vandalismo, mas repúdio ao cumprimento da lei.

Já a imprensa de esquerda, como era de se esperar, tratou a ICE como vilã — acusando seus agentes de racismo, xenofobia e violência desmedida. Ao fabricar narrativas falsas mediante cortes seletivos de imagem e recorrer às habituais entrevistas de “especialistas” antitrumpistas, a mídia concentra todo seu esforço em transformar prisões legais em crimes de ódio.
Frustrado com o colapso federal das fronteiras e disposto a cumprir uma de suas promessas mais emblemáticas de campanha, Trump entendeu o que uma parte dos Republicanos, formada pela ala mais globalista do partido, insiste em ignorar: sem ICE e sem controle territorial não há soberania. A militarização das operações californianas segue o mesmo princípio que norteou sua atuação em 2020 — quando travou batalhas contra o desmonte das guardas estaduais e a impunidade urbana. A presença de guardas nacionais e marines tem apontado o caminho da restauração da ordem, com prisões de criminosos perigosos e a liberação gradual das ruas. Como bem disse Tom Homan, o “czar da fronteira”, trata-se de uma ação para evitar que “alguém perca a vida”. E, convenhamos, há vítimas, sim — do crime e da anarquia hierarquicamente planejada.

A guerra cultural contra a ICE
Poucas instituições despertam tanto ódio nas hostes da nova esquerda americana quanto a ICE. Criada depois dos atentados de 11 de Setembro, a agência é responsável por fazer cumprir as leis de imigração e combater crimes como tráfico humano, contrabando de drogas e terrorismo. Por tudo isso, tornou-se, nas últimas duas décadas, o inimigo número 1 da militância “progressista”, da intelligentsia universitária, das ONGs “humanitárias” financiadas por bilionários globalistas e, claro, do Partido Democrata.
Basta observar a reação da extrema esquerda americana nos protestos que se seguiram ao endurecimento das políticas migratórias ainda no primeiro governo Trump. Na ocasião, prédios da ICE também foram pichados, depredados e invadidos. Agentes foram hostilizados, perseguidos e ameaçados. Em Portland, Seattle e outras zonas “autônomas” sob domínio anarquista, milicianos do Black Lives Matter, do Antifa e de outros “exércitos” de George Soros acamparam em frente a unidades da agência, erguendo barricadas e incendiando veículos do governo federal. Tudo isso sob os olhos complacentes — quando não cúmplices — da mídia e de autoridades locais democratas, as quais, alegando cinicamente “respeito à liberdade de expressão”, se recusavam a intervir.
Mas o que está por trás desse ódio? De onde vem essa sanha destruidora contra uma agência que se limita a aplicar a lei? A resposta é simples, e por isso mesmo incômoda: a esquerda radical americana odeia a ICE porque odeia até a ideia mesma de fronteira. E odeia a ideia de fronteira porque odeia a própria soberania nacional. Essa esquerda representa uma poderosa força antiamericana agindo dentro dos Estados Unidos — e, não raro, como nos governos Obama e Biden, dentro do próprio Estado.

Com efeito, sob o véu do “acolhimento aos imigrantes”, o discurso contra a ICE inscreve-se em uma estratégia muito mais ampla de corrosão das bases do Estado-nação ocidental. A campanha pelo fim da agência — que ganhou força com o slogan “abolish ICE” — é apenas uma entre muitas frentes de ataque ao que resta da civilização ocidental: destruição das polícias (“defund the police”), desconstrução da família, restrição à liberdade religiosa (cristã, por óbvio), desmonte da educação tradicional, relativização do direito à propriedade, glorificação do aborto, criminalização do mérito etc. Todas essas pautas obedecem à mesma lógica: desestabilizar as fundações morais, jurídicas e institucionais do Ocidente para substituí-las por um regime neototalitário de controle ideológico. Nesse cenário, a “crise migratória” é apenas o pretexto.
Sob a retórica da compaixão, o que a esquerda globalista propõe é uma política de portas escancaradas — e sem triagem. Segundo seus ideólogos, todo migrante é um “refugiado”, todo deportado é uma “vítima”, e todo agente de imigração é um “agressor racista”. Pouco importa se o sujeito cruza ilegalmente a fronteira com ficha criminal, se é integrante de gangues como a MS-13, se está envolvido com tráfico de drogas ou exploração sexual. Para o jornalismo militante e os apparatchiks do Partido Democrata, ele será apresentado como um herói da “resistência anticolonial”.
Os ataques violentos à ICE não são, portanto, reações espontâneas de uma sociedade indignada com injustiças do Estado. São ações coordenadas de uma militância treinada, financiada e sustentada por uma elite “progressista” que, da segurança de suas mansões cercadas por muros e protegidas por seguranças armados, prega ao povo a moral da fronteira aberta. Como bons revolucionários de butique, adoram pregar empatia com o “outro”, desde que esse “outro” não venha parar no seu condomínio fechado.

A imigração e a velha Estratégia Cloward-Piven
Para quem acredita que os protestos contra a ICE brotam espontaneamente de corações comivos, convém revisitar um clássico do manual revolucionário americano: a Estratégia Cloward-Piven.
Elaborada por dois sociólogos marxistas da Universidade de Columbia nos anos 1960 — Richard Cloward e s Fox Piven —, a teoria propunha sobrecarregar as instituições públicas até seu colapso, forçando uma reforma socialista em larga escala. O método consistia em aliciar as massas marginalizadas e descontentes, induzidas a exigir direitos imaginários, benefícios imerecidos e atenção estatal ilimitada, até que o sistema ruísse sob seu próprio peso.
À luz dessa estratégia revolucionária, é mais fácil compreender o que se a na fronteira sul dos Estados Unidos, especialmente na Califórnia: imigrantes ilegais despejados às centenas por caravanas organizadas; ONGs militantes judicializando o controle de fronteiras; governadores e prefeitos esquerdistas que se recusam a aplicar leis federais; militantes e manifestantes, agora violentos, exigindo o desmantelamento da única agência capaz de conter o colapso. Nada disso é coincidência. É Cloward-Piven com wi-fi, hashtag e milhões e milhões de dólares. Ainda que os meios e os pretextos tenham mudado, o objetivo continua o mesmo dos anos 1960: implodir as engrenagens do Estado para reconstruí-lo sob as bases do coletivismo autoritário.
A promessa e a firmeza de Trump
Sob o primeiro governo Trump, a ICE já conseguira reduzir drasticamente os índices de entrada ilegal no país, desmantelar redes de tráfico humano e aumentar as deportações de criminosos reincidentes. Sob o governo Biden — ou melhor, sob o consórcio burocrático que empurrou o velhote senil para onde quis —, as fronteiras voltaram a ser uma piada. Em 2023, por exemplo, o número de encontros na fronteira sul bateu recordes históricos, com milhares de imigrantes ilegais entrando diariamente no país. Cenas de famílias inteiras acampadas sob viadutos, favelas improvisadas em cidades santuário, escolas e hospitais sobrecarregados. Para a imprensa servil ao Partido Democrata, entretanto, a culpa é sempre da “falta de compaixão” da direita.
Resta que o objetivo real da esquerda nunca foi melhorar a política migratória. Seguindo a Estratégia Cloward-Piven, o objetivo é destruir o sistema que a sustenta. Não se trata de reformar a ICE, mas de eliminá-la. E, com ela, extinguir o último vestígio de ordem legal que impede os EUA de se tornarem um grande entreposto de miséria, tráfico e exploração — o rol de desgraças do qual a esquerda revolucionária habitualmente se nutre.

Mas o problema é ainda mais grave. Ao promoverem a imigração ilegal como um direito inalienável, os militantes de esquerda servem, na prática, aos interesses do crime organizado internacional. Cartéis mexicanos, traficantes de pessoas, milícias jihadistas e até o nosso PCC lucram com o caos fronteiriço. Enquanto isso, perde o cidadão americano e o imigrante legal — especialmente o mais pobre, que vê seu bairro se deteriorar, seu emprego ser ameaçado, seu filho ser aliciado por gangues e a insegurança se espalhar por cada canto. Tudo com o beneplácito de uma elite política alienada que, entre um coquetel em Nova York e uma conferência sobre justiça climática em Davos, continua ditando a cartilha do bom-mocismo global.
É nesse cenário de degradação programada que Trump surge como a última barreira contra a dissolução da América. Por isso é odiado. Por isso a esquerda globalista o compara a Hitler, Stalin e ao próprio Satanás — tudo no mesmo parágrafo. Porque, apesar de seus eventuais defeitos e excentricidades, ele ousou dizer o óbvio: um país sem fronteiras não é um país. Um Estado que não impõe sua lei é apenas uma ficção cartográfica. Uma sociedade que pune seus protetores e canoniza seus invasores está em fase terminal.
De fato, o Abominável Homem Laranja entendeu o que muitos conservadores relutam em aceitar: estamos diante de uma guerra cultural e civilizacional, não de um debate de políticas públicas. A esquerda não quer ganhar eleições. Quer “tomar o poder”, como diria um revolucionário tupiniquim, e “transformar fundamentalmente” a realidade, como diria um revolucionário ianque. Para isso, precisa desacreditar as instituições que ainda funcionam — como a ICE — e substituí-las por estruturas paralelas, ideologizadas, devotas ao culto do ressentimento.
Portanto, o que está em jogo é mais do que a qualidade de uma agência de imigração. É a própria capacidade de um povo de decidir quem entra em seu território, sob quais condições, e com quais responsabilidades. É, no fim das contas, a própria validade da noção de soberania nacional. Nesse embate, há dois lados muito bem definidos: no corner vermelho, o cidadão comum, ansioso por segurança, legalidade e ordem. No corner azul, uma militância esquerdista alucinada que vê qualquer fronteira como “opressão colonial” e qualquer ilegal como “guerreiro anticapitalista”. A escolha é simples e inadiável.
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Um texto excepcional sobre uma situação esdrúxula.
Seria muita pretensão minha manifestar que a análise do articulista Flavio Gordon coincide em cada parágrafo com o meu próprio ponto de vista, mas é assim que acontece; que digam que sou pretencioso. É ataque do famoso “modéstia à parte”. O Ocidente vem sofrendo ataques sistemáticos e fortes por parte dos seus inimigos. O próprio brasil-de-lula age atacando virulentamente o Ocidente, jogando-nos nos braços do Irã, Rússia, China, enquanto ofende Israel e os EUA, talvez os únicos exemplos atuais de defesa de nossa cultura greco-romana e nossa moral judaico-cristã, já que a Europa surfa perigosamente nas águas do islamismo, particularmente a França. O que é mais curioso, é que os nossos maiores inimigos estão aqui mesmo, com suas teorias e suas práticas. Temos que louvar os heróis atuais que defendem nossa civilização,.
Artigo histórico de Gordon, leitura obrigatória. Descreve com clareza o que ocorreu com os EUA nos últimos anos de governos Democratas,sim sr Obama o sr está na lista também, saiu de seus mandatos com uma fortuna de imóveis no bolso.Trump foi eleito para quem ama de fato seu país e vai sim vai a-lo a limpo.A verdade do que ocorreu nos EUA está escrita nesse artigo.