A Organização Mundial da Saúde (OMS) emitiu um novo alerta sobre o avanço principalmente da febre amarela nas Américas. Conforme a entidade, o risco para a saúde pública é considerado alto. Nos primeiros cinco meses de 2025, o número de casos aumentou mais de oito vezes em relação ao mesmo período do ano ado. O Brasil lidera tanto em infecções quanto em mortes pela doença.
De janeiro a maio deste ano, foram registrados 221 casos confirmados de febre amarela em humanos nas Américas, com 89 mortes. O número já supera com folga o total de 2024, que teve 61 casos e 30 óbitos.
OMS: Brasil concentra metade dos casos e das mortes
O Brasil é o país com maior número de registros, somando 110 casos e 44 mortes. Na sequência estão Colômbia, Peru, Equador e Bolívia. A situação preocupa especialmente pela expansão da doença para áreas fora da Amazônia, como o Estado de São Paulo e o Departamento de Tolima, na Colômbia — regiões com grande concentração populacional.
Quase todas as pessoas infectadas neste ano não haviam tomado a vacina contra a febre amarela. Antes da pandemia de covid-19, a cobertura vacinal entre crianças de 9 a 18 meses, nas áreas de recomendação, variava de 57% a 100%. No entanto, 10 dos 12 países afetados estavam abaixo dos 95% indicados pela OMS. Entre 2020 e 2023, a situação piorou, com queda significativa na vacinação.
A febre amarela é uma doença grave, típica de regiões tropicais das Américas e da África, transmitida pela picada de mosquitos infectados, principalmente das espécies Haemagogus e Sabethes, nas áreas silvestres.
Os sintomas aparecem entre 3 e 6 dias depois da infecção. Eles incluem febre, dor muscular, dor de cabeça, calafrios, náusea, vômito e perda de apetite. Cerca de 15% dos infectados desenvolvem formas graves da doença, que podem causar insuficiência de órgãos e levar à morte.
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