Na sexta-feira 19 de julho de 2024, um arquivo defeituoso na atualização do software Falcon, da empresa de segurança cibernética CrowdStrike, que presta serviços à Microsoft, foi responsável pelo maior apagão da história da internet mundial.
Serviços governamentais, aeroportos, hospitais e o sistema financeiro de diversos países sofreram com a impossibilidade das operações on-line. Até as 12h desta sexta-feira, 26, uma semana depois do apagão global, quase 100% dos sensores Windows afetados voltaram ao modo on-line.
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De acordo com informação da Microsoft, 8,5 milhões de computadores não conseguiram realizar a inicialização básica e deram a famosa e temida “tela azul”. Só o Windows 11 — o sistema operacional mais recente da empresa — tem 500 milhões de usuários ativos em todo o mundo.
“Quando foi recebido pelo sensor e carregado, o conteúdo problemático resultou em uma leitura de memória fora do alcance, o que gerou exceção”, explicou a CrowdStrike. “Essa exceção inesperada não pôde ser contornada e transformou-se em uma quebra do sistema Windows.”
As shared by our CEO George Kurtz, more than 97% of Windows sensors are back online. We thank our customers, partners and the CrowdStrike team for their recovery efforts, and we remain committed to restoring every impacted system.
— CrowdStrike (@CrowdStrike) July 26, 2024
To our customers still affected, we’re here to…
Os problemas

O primeiro setor afetado foi o de aviação. Entre 3h e 4h (Brasília), a istração Federal de Aviação dos Estados Unidos informou a suspensão de todos os voos da American Airlines e da Delta (esta última sentiu os efeitos do apagão durante dias). Minutos depois, o órgão completou a lista com as companhias United e Allegiant Airlines.
O Aeroporto Internacional Charlotte Douglas chegou a orientar os clientes a não irem até o local. A única justificativa que poderia fazê-los prosseguir com a viagem era uma expressa posição favorável da sua companhia aérea. O Aeroporto Internacional de Miami também emitiu alerta similar, em relação a operações alfandegárias.
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Note-se que se os sistemas fossem auditáveis (GNU/Linux, BSD &c) os riscos seriam consideravelmente menores.
Quase toda a matéria se limitou a narrar os problemas ocorridos, o que já é de conhecimento geral. A dependência humana da tecnologia, que deveria ter o foco maior, some completamente na superficial abordagem do final do texto.