A União Europeia (UE) anunciou que irá proibir um novo serviço lançado pelo TikTok na Europa, alegando que ele pode ser “tão viciante quanto cigarros”. De acordo com as informações divulgadas nesta segunda-feira, 22, a suspensão da rede social não irá ocorrer a menos que a empresa forneça “evidências convincentes” de que as crianças estão protegidas.
Esta seria a primeira vez que a UE utilizaria seus amplos poderes para impor sanções a empresas de mídias sociais desde a entrada em vigor do seu marco regulatório, o Digital Service Act (DSA), em agosto do ano ado. O comissário digital do blogo, Thierry Breton, afirmou que a plataforma de compartilhamento de vídeos de propriedade chinesa não conseguiu provar que o TikTok Lite, que recompensa os usuários por assistir a vídeos, está em conformidade com as obrigações previstas no ato, descrevendo o serviço como “tóxico”.
Breton destacou que o aplicativo foi lançado na França e na Espanha neste mês, apesar de uma investigação em andamento desde fevereiro sobre outras preocupações relacionadas à proteção de crianças. Ele ressaltou que o TikTok é utilizado por milhões de crianças na Europa e que a comissão está “poupando esforços para protegê-las”.
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O novo aplicativo de assistir e ser recompensado oferece prêmios como vouchers da Amazon, cartões-presente via PayPal. Também há moeda virtual TikTok Coins, em troca de pontos obtidos por meio de “tarefas”, como assistir a vídeos, curtir conteúdo, seguir criadores ou convidar amigos para participar.
O comissário da UE alertou que o TikTok Lite “poderia ser tão tóxico e viciante quanto cigarros”. Ele mencionou que, embora o aplicativo principal do TikTok ofereça aos usuários “diversão e uma sensação de conexão”, também “traz riscos consideráveis para nossas crianças: vício, ansiedade, depressão, distúrbios alimentares, baixa capacidade de atenção”.
Ultimato da União Europeia contra o TikTok
O TikTok recebeu um prazo de 24 horas na semana ada para fornecer uma avaliação de riscos sobre o novo serviço Lite. Conforme a União Europeia, isso se deu diante de preocupações de que poderia incentivar as crianças a se viciarem em assistir vídeos.
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O ultimato surgiu em meio à incerteza sobre o futuro das operações do TikTok nos Estados Unidos, depois dos legisladores em Washington aprovarem um projeto de lei no fim de semana que poderia banir o aplicativo. Isso se proprietária chinesa da rede social, a ByteDance, não vender sua participação no negócio norte-americano.
O TikTok afirmou na segunda-feira que irá contestar qualquer proibição ou venda forçada nos tribunais. A investigação iniciada em fevereiro sob o DSA, que analisa a proteção de crianças na plataforma, inclui questões de verificação de idade, transparência na publicidade e gerenciamento de riscos de design viciante e conteúdo prejudicial.
Leia também: “Viciados em celular“, reportagem de Dagomir Marquezi publicada na Edição 210 da Revista Oeste
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