Mais uma vítima no varejo brasileiro. A marca de moda Amaro, lançada em 2012, entrou com um pedido de recuperação extrajudicial na 3º Vara de Falências e Recuperação Judicial de São Paulo. A recuperação é um processo em que a empresa faz um acordo com os credores e define um plano de reestruturação. Pedido feito, pedido aceito pela Justiça. A Amaro soma dívidas de R$ 244,5 milhões, sendo R$ 151,8 milhões em dívidas bancárias e R$ 92,8 milhões com fornecedores.
A varejista cita que a “crise é ageira” e decorre exclusivamente do atual contexto econômico. A empresa sofre por um trio de fatores: alta da taxa de juros, avanço da inflação no país e piora no consumo. Em documento, alegou ainda que o aperto que vive se agravou pelo aumento do valor dos aluguéis. Atualmente, a empresa tem 20 lojas físicas. A companhia cita também ações que sofre na Justiça, “que colocam em risco as atividades empresariais, em virtude da iminência de atos de constrição de patrimônio, falência e/ou despejo das lojas”. A empresa pede que essas ações sejam suspensas por 180 dias, com a homologação do plano. Diferentemente do processo de recuperação judicial, o extrajudicial é mais rápido e tem custo mais ível.
A Amaro é mais uma varejista com sérias dificuldades financeiras no Brasil, iniciada com a hecatombe da Americanas e seguida pela Marisa, varejista de moda que trabalha atualmente para reestruturar dívidas. A Amaro é também uma empresa de tecnologia. Desde o lançamento, ela inovou, ao integrar o comércio físico com o digital. O modelo de vendas funciona focado no comércio eletrônico, sendo que as poucas lojas físicas servem para o consumidor provar a roupa antes de comprar. As lojas têm computadores que apresentam informações, como se há uma peça no estoque ou não.
A Oeste, a empresa enviou o seguinte comunicado: “A Amaro chega a acordo com os seus principais credores e define plano de reestruturação. Em um cenário de juros extremamente altos e retração de crédito, especialmente para o varejo, a Amaro protocolou um plano de recuperação extrajudicial como parte do processo de reestruturação do negócio. A empresa tem como objetivo preservar sua liquidez e adequar a sua estrutura de capital, para fortalecer a operação. Além disso, visa à manutenção do relacionamento com fornecedores e parceiros. A empresa reafirma ainda seu compromisso de continuar entregando um excelente nível de serviço, pelo qual é reconhecida, e mantém seu posicionamento como ecossistema de lifestyle no mercado , focado em moda, beleza e casa”.
Já vi que a grande maioria destas empresas usa dinheiro de banco para bancar o caixa.
Ai não tem para onde fugir.
Quem pegou empréstimo em Banco e fez o “L”, está frito.
Abram os olhos , pois isso é só o começo.
Nada com que se preocupar. No meio de 37 ministérios, certamente muitos estão habilitados competentemente para enfrentar esses percalços e tantos outros que se aproximam com velocidade crescente. E essas empresas devem agradescer aos juros ‘altos’, pois do contrário teriam tido problemas muito antes.
Isso é só o começo com esse governo corrupto