A exclusão de representantes de aposentados e pensionistas do Conselho Nacional de Previdência Social (CNPS) marca um novo desdobramento na crise do INSS, nesta segunda-feira, 26. O afastamento ocorre em meio a apurações sobre possíveis fraudes em descontos indevidos nos benefícios do instituto.
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O Ministério da Previdência Social comunicou, na sexta-feira 23, que integrantes ligados a entidades de aposentados ficariam suspensos enquanto duram as investigações. Algumas dessas organizações são alvo de procedimentos formais para apuração das irregularidades.
Composição do CNPS e as investigações do INSS

O CNPS, responsável por definir diretrizes para a Previdência, reúne representantes do governo federal, dos empregadores, dos trabalhadores e de aposentados e pensionistas. Em reunião anterior, o ex-ministro Carlos Lupi recebeu o alerta de suspeitas de fraudes, ainda em 2023.
Segundo relataram conselheiros, o secretário-executivo Adroaldo da Cunha Portal explicou que o afastamento busca “preservar a imagem do conselho”, já que descontos de associados dessas entidades estão no centro das investigações.
Portal declarou que nenhum ato oficial havia sido publicado até a última sexta-feira, 23, e que um posicionamento formal seria divulgado nesta segunda-feira, 26.
O conselho conta com seis representantes de aposentados e pensionistas, ligados a cinco entidades diferentes. Três dessas entidades confirmaram ter recebido aviso sobre a destituição, enquanto uma delas pediu afastamento voluntariamente.
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A formalização da medida está prevista para ocorrer antes da reunião inaugural do conselho, presidida pelo novo ministro Wolney Queiroz. A apuração sobre descontos associativos indevidos será tema central do encontro.
O presidente do INSS, Gilberto Waller Junior, e o presidente da Dataprev, Rodrigo Assumpção, devem apresentar informações sobre o andamento das investigações e sobre a devolução de valores cobrados sem autorização.
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