A dermatite seborreica é uma condição inflamatória da pele, frequentemente relacionada ao fungo Malassezia. Popularmente conhecida como caspa quando afeta o couro cabeludo, essa condição pode aparecer em outras áreas do corpo, como barba, sobrancelhas, pálpebras, tórax e regiões oleosas da pele. Segundo o médico Hussein Awada (CRM – CRM-SP 177707), seus sintomas incluem descamação, vermelhidão e coceira, sendo mais comum em adultos de 30 a 70 anos e em bebês com menos de três meses.
É essencial esclarecer que a dermatite seborreica não é causada por falta de higiene, nem é contagiosa, desmistificando equívocos comuns sobre a condição. Estudos indicam que fatores genéticos e mudanças hormonais também podem influenciar no surgimento da dermatite. Embora possa melhorar espontaneamente, a dermatite seborreica tende a ser crônica, com períodos de melhora e agravamento, o que ressalta a importância de um acompanhamento dermatológico contínuo.
Quais são as causas da dermatite seborreica na pele?
A principal causa da dermatite seborreica é o crescimento excessivo do fungo Malassezia, que ocorre naturalmente na pele. No entanto, fatores como oleosidade excessiva, estresse, clima frio e seco, e até a dieta podem agravar a condição. Além disso, acredita-se que esteja relacionada a um desequilíbrio no sistema imunológico, influenciado por fatores internos e externos. Doenças neurológicas, como a doença de Parkinson, e imunodeficiências aumentam o risco de desenvolver dermatite seborreica.
Recentemente, pesquisas investigam o papel da microbiota cutânea e como suas alterações podem predispor indivíduos a essa condição.
Embora não haja cura definitiva para a dermatite seborreica, é possível controlá-la de várias formas. O tratamento normalmente envolve o uso de shampoos medicinais, cremes antifúngicos e corticosteroides tópicos. É crucial que o uso de corticosteroides tópicos seja de curto prazo para evitar efeitos colaterais como afinamento da pele. O tratamento deve ser contínuo para prevenir recidivas. Mudanças no estilo de vida, como a redução do estresse e uma dieta equilibrada, também podem ajudar a controlar os sintomas.
Outras abordagens incluem fototerapia, que tem demonstrado eficácia em alguns casos, e tratamentos alternativos, como o uso de óleos essenciais, com orientação especializada.
Qual é a relação entre a dieta e a dermatite seborreica na pele?
A dieta pode ter um papel significativo na gestão da dermatite seborreica. Alimentos ricos em gorduras saturadas e açúcares podem exacerbar a inflamação e aumentar a produção de óleo na pele. Por outro lado, uma dieta rica em frutas, vegetais e ácidos graxos ômega-3 pode ajudar a reduzir a inflamação e melhorar a saúde da pele. Consultar um nutricionista para adaptar a dieta às necessidades individuais é aconselhável.
Estudos sugerem que a inclusão de antioxidantes na dieta pode melhorar a resposta imunológica da pele.
Quando procurar um dermatologista?
Se os sintomas da dermatite seborreica persistirem ou piorarem, é essencial procurar um dermatologista. O profissional poderá realizar um diagnóstico preciso e recomendar o tratamento mais adequado. Além disso, é importante buscar ajuda médica se houver sinais de infecção, como dor, inchaço ou pus, pois isso pode indicar uma complicação que requer atenção imediata.
A dermatite seborreica é uma inflamação na pele que causa principalmente descamação e vermelhidão em áreas como sobrancelhas, cantos do nariz, couro cabeludo e orelhas. É uma doença crônica, com períodos de melhora e piora dos sintomas. A causa não é totalmente conhecida, mas pode ter origem genética ou ser desencadeada por fatores externos, como alergias, estresse, baixa temperatura, álcool, medicamentos e excesso de oleosidade. A presença do fungo Malassezia pode provocar a doença. Em recém-nascidos, a condição é conhecida como crosta láctea, apresentando cascas grossas amarelas ou marrons no couro cabeludo. Embora seja temporária e inofensiva, a dermatite seborreica pode ocorrer em adultos e crianças. Não é contagiosa, não resulta de falta de higiene, nem é perigosa.
Os sintomas geralmente incluem oleosidade na pele e no couro cabeludo, escamas brancas (caspa), escamas amareladas oleosas e ardência, coceira que pode ser agravada pela irritação da pele, leve vermelhidão e possível perda de cabelo. Essa dermatite pode surgir em várias áreas do corpo, como couro cabeludo, sobrancelhas, pálpebras, vincos do nariz, lábios, atrás das orelhas e tórax.
Qual o posicionamento da OMS sobre alimentos que agravam a dermatite seborreica?
A Organização Mundial da Saúde (OMS) não emite diretrizes específicas sobre a relação direta entre alimentação e dermatite seborreica. No entanto, ela reconhece que a nutrição tem papel importante na saúde da pele de forma geral e que uma dieta balanceada pode ajudar a manter o sistema imunológico saudável, o que indiretamente pode influenciar em doenças de pele inflamatórias como a dermatite seborreica.
Embora a OMS não trate diretamente dessa conexão, estudos científicos e entidades médicas especializadas, como a American Academy of Dermatology (AAD) e publicações revisadas por pares, sugerem que certos hábitos alimentares podem agravar ou aliviar a dermatite seborreica.
Alimentos que podem agravar:
Açúcares refinados e carboidratos simples (picos de insulina podem influenciar inflamação).
Gorduras saturadas e trans (comuns em alimentos ultraprocessados e frituras).
Álcool, que pode afetar o sistema imunológico e alterar a flora cutânea.
Laticínios e glúten – não afetam todos, mas algumas pessoas relatam piora ao consumi-los.